O ex-mandatário pretende usar agendas públicas para falar sobre reuniões dele com o pré-candidato. A gravação, no entanto, pode comprometer a sigla no Rio
Bolsonaro e Ramagem confraternizam na posse do então novo diretor da Abin (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
Representantes do PL tentarão usar o áudio sobre uma reunião entre o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Jair Bolsonaro (PL), com o objetivo de aumentar o número de eleitores que associarão o pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro ao ex-mandatário. Integrantes do Partido Liberal no estado do RJ afirmaram que Bolsonaro pretende falar sobre o assunto durante as agendas públicas. A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo.
O prefeito Eduardo Paes (PSD) lidera a corrida na capital, com 53% dos votos, mostrou a pesquisa Datafolha este mês. O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) e Ramagem conseguiram 9% e 7% respectivamente.
Enquanto isso, o PL organiza dois eventos com Ramagem e Bolsonaro na capital fluminense: um na Tijuca (zona norte), na quinta-feira (18) e outro em Campo Grande (zona oeste), na sexta (19). Até sábado (20), o ex-mandatário tem agendas públicas na Baixada Fluminense (Duque de Caxias e Itaguaí), em Niterói, e em Angra dos Reis, município da costa verde do estado.
Políticos do campo progressista, de esquerda, vão explorar o conteúdo do áudio, que apontou uma conversa entre Ramagem e Bolsonaro. Investigadores da Polícia Federal apuram se os dois pretendiam usar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para blindar o atual senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas investigações da "rachadinha" (desvios de salários de assessores).
Pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Ramagem foi diretor-geral da Abin durante o governo bolsonarista. Policiais federais querem saber de que forma a Abin seria usada para evitar punição contra Flávio. A PF apura se a ideia dos membros da agência seria abastecer a defesa do parlamentar de informações que pudessem ajudar advogados a elaborar melhor as estratégias na Justiça, para não colocar em risco a carreira do senador.
Fonte: Brasil 247 com informações do jornal Folha de S. Paulo
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