quinta-feira, 11 de julho de 2024

PF aponta Ramagem como mandante de ações clandestinas contra cúpula da CPI da Covid

 A PF identificou que houve vigilância, interceptação de comunicações e produção de dossiês para manchar a reputação dos parlamentares

A Polícia Federal constatou em sua investigação que Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), teria comandado ações clandestinas contra integrantes da cúpula da CPI da Covid. De acordo com a corporação, Ramagem utilizou a estrutura da Abin para monitorar e pressionar parlamentares que lideravam a Comissão Parlamentar de Inquérito que apurava a gestão do governo Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19.


Os detalhes emergiram durante a quarta fase da Operação Última Milha, deflagrada nesta quinta-feira (11). A operação visa desmantelar a chamada “Abin paralela”, uma rede clandestina de inteligência supostamente criada para servir interesses políticos do governo Bolsonaro. Documentos e depoimentos obtidos pela PF indicam que Ramagem ordenou o uso de recursos da agência para coletar informações comprometedoras sobre os membros da CPI, com o intuito de intimidá-los e desviar o foco das investigações.


Interceptação de comunicações e montagem de dossiês


Entre os alvos das ações clandestinas estavam senadores e deputados que desempenhavam papéis chave na CPI da Covid. A PF identificou que a operação envolveu a vigilância de movimentações, interceptação de comunicações e a produção de dossiês com o objetivo de manchar a reputação dos parlamentares.


Os resultados da investigação foram apresentados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que supervisiona o inquérito. A PF continua a apurar a extensão das operações ilegais e os impactos das atividades clandestinas sobre o processo democrático e as instituições brasileiras.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

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