segunda-feira, 8 de julho de 2024

PF aponta que venda de joias pode ter custeado despesas de Bolsonaro nos EUA

 

Na semana passada, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro

Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal (PF) afirmou que o suposto esquema de desvio de joias do acervo da Presidência poderia ter custeado as despesas do ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) e família na viagem aos Estados Unidos.

"Tal fato indica a possibilidade de que os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro, que, após os atos de lavagem especificados, retornaram, em espécie, para o patrimônio do ex-presidente, possam ter sido utilizados para custear as despesas em dólar de Jair Bolsonaro e sua família, enquanto permaneceram em solo norte-americano", informa o documento.

A PF concluiu a investigação na última semana, resultando no indiciamento de Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Outras 11 pessoas também foram indiciadas no caso.

No relatório, a corporação ainda cita que o general da reserva Mauro Lourena Cid "recebeu, em nome e em benefício de Jair Messias Bolsonaro, pelo menos 25 mil dólares, que teriam sido repassados em espécie para o ex-presidente". O objetivo da transferência teria sido "de forma deliberada, não passar pelos mecanismos de controle e pelo sistema financeiro formal".

Os advogados do ex-presidente não comentaram o documento. Durante a investigação, a defesa de Bolsonaro afirmou que ele havia declarado “oficialmente os bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens”, argumentando que os itens deveriam compor o acervo privado do ex-mandatário, sendo levados por ele ao fim do governo. 

Fonte: Brasil 247 com informações de O Globo

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