Desembargador Luís César de Paula Espíndola, do Tribunal de Justiça do Paraná. Foto: Reprodução
A OAB do Paraná defendeu neste sábado (6) o afastamento cautelar do desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola do Tribunal de Justiça do estado, e da 12ª Câmara Cível do TJ-PR. Durante o julgamento de um caso de assédio envolvendo um professor e uma aluna, Espíndola declarou que são as mulheres que “estão loucas atrás dos homens”.
O caso ocorreu na quarta-feira, quando a 12ª Câmara Cível do TJ-PR discutia a possibilidade de conceder uma medida protetiva à aluna. Após o encerramento do julgamento, Espíndola pediu a palavra e afirmou que seria um “absurdo estragar a vida do professor” envolvido no caso, alegando que a situação envolvia apenas o “ego de adolescente” da aluna.
Suas declarações sugeriam que as mulheres são as responsáveis pelo assédio, gerando forte reação de uma desembargadora presente. A OAB-PR considerou as falas do desembargador como um profundo desrespeito às vítimas de violência, principalmente meninas e mulheres brasileiras.
O comportamento de Espíndola foi classificado como potencialmente preconceituoso e misógino pelo ministro Luís Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, que na sexta-feira, 5 de julho, abriu um procedimento disciplinar contra o magistrado. Espíndola tem quinze dias para prestar esclarecimentos ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Fonte: DCM
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