A pasta retirou do ar documentos públicos de quase 30 anos, dentre os quais estava um estudo de 2015 que previu as fortes chuvas no Sul do país e outras tragédias climáticas
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) pediu nesta terça-feira (23/7) que o tribunal investigue o apagão de dados do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro, informa o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles. A pasta retirou do ar documentos públicos de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previu fortes chuvas no Sul do país e outras tragédias climáticas.
O ministério confirmou que diversos arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o governo Bolsonaro, quando o site da pasta foi transferido de endereço. A pasta acrescentou que só conseguiu reaver o material “recentemente”. Servidores ouvidos pela reportagem em reserva apontaram que há arquivos ainda não recuperados.
“Flagrante atentado ao interesse público, com prejuízo não só à transparência devida pela administração pública e ao acesso à informação eventualmente valiosa para pesquisadores da área da preservação ambiental e para o controle social dos atos de gestão, mas sobretudo de atitude ilegal que gerou tragédias em razão de apagão de informações necessárias ao seu combate, inclusive à sua prevenção”, escreveu o subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado.
No pedido feito ao presidente do TCU, Furtado afirmou também que os documentos foram suprimidos pelo Ministério do Meio Ambiente “inexplicavelmente”. “Informações que poderiam constituir importante auxílio para o planejamento de ações de proteção contra desastres naturais foram inexplicavelmente supridas das publicações do ministério”.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
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