quarta-feira, 31 de julho de 2024

Moraes manda Polícia Federal ouvir em até 10 dias delegado da Polícia Civil do Rio Giniton Lages, envolvido no caso Marielle

 Desde março, quando foi alvo de mandado de busca e apreensão, ele ainda não foi ouvido na investigação, o que motivou seu pedido ao ministro para prestar depoimento


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou nesta quarta-feira (30) que a Polícia Federal (PF) ouça em até 10 dias o depoimento do delegado Giniton Lages, da Polícia Civil do Rio de Janeiro. ele chegou a comandar as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco e é investigado pela PF por supostamente ter conduzido o inquérito de modo a garantir a impunidade dos mandantes do homicídio da vereadora.


Desde março, quando foi alvo de mandado de busca e apreensão, ele ainda não foi ouvido na investigação, o que motivou seu pedido a Moraes para prestar depoimento.


“Não se afigura razoável que, numa apuração de tamanha envergadura e complexidade – que já consumiu bastante tempo e esforço de equipes de investigadores altamente qualificados –, em meio a tantas diligências efetivadas, não se conceda ao Requerente ao menos a oportunidade de, na condição de indiciado, prestar esclarecimentos a respeito do que lhe é imputado”, afirmou o delegado, em manifestação enviada na semana passada.


Também em março, foram presos o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil e que nomeou Lages para a chefia da Delegacia de Homicídios (DH); o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão; e seu irmão, o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).


De acordo com a PF, enquanto os irmãos Brazão são apontados pelo ex-policial militar Ronnie Lessa como os mandantes do homicídio de Marielle, Barbosa teria agido para protegê-los. No dia seguinte ao assassinato, ele nomeou Lages, que teria, segundo o inquérito, atuado para obstruir as investigações.


Enquanto Lessa confessou ser executor da parlamentar, os demais negam participação no crime.


Como comandante da Delegacia de Homicídios, Lages chefiou o início da investigação, que levou à prisão da Lessa e do ex-PM Élcio de Queiroz. Logo depois, no entanto, ele foi afastado do caso.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.

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