quinta-feira, 25 de julho de 2024

Mesmo com ataques de Maduro, Amorim confirma que irá à Venezuela: objetivo é ajudar para uma eleição “correta e limpa”

 Assessor internacional de Lula diz que Brasil deseja que “quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”


Celso Amorim, assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência, confirmou que viajará à Venezuela no próximo domingo (28) como representante do governo brasileiro nas eleições presidenciais daquele país, governado por Nicolás Maduro.


Em declaração à jornalista Andréia Sadi, do g1, Amorim afirmou: “Em princípio, não desmarquei. Tudo é conversável, as coisas evoluem, mas estou programado para ir. E foi dito explicitamente que eu seria bem-vindo”. Segundo ele, o objetivo da visita é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”.


Nos últimos dias, a relação entre Brasil e Venezuela tem enfrentado tensões, especialmente após o presidente Lula expressar surpresa com a declaração de Maduro sobre um possível “banho de sangue” em caso de derrota eleitoral. Em resposta, Maduro sugeriu que os preocupados deveriam “tomar um chá de camomila”.


O presidente venezuelano também afirmou que o Brasil não realiza eleições auditadas, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a decidir, nesta quarta-feira (24), que não enviaria mais observadores para o pleito venezuelano. A Corte eleitoral brasileira reforçou que os boletins emitidos pelas urnas eletrônicas no Brasil são “totalmente auditáveis”.


Amorim, em sua entrevista, revelou que sua ida à Venezuela foi uma decisão direta do presidente Lula. “Cada hora acontece algo. Ontem conversei com Lula e chegamos à conclusão de que era bom ir. Hoje não falei com ele ainda: as coisas evoluem, vamos conversar. Mas estou programado para ir”, afirmou.


Sobre as críticas de Maduro ao Brasil, Amorim minimizou, dizendo que “não foram ofensivas conosco, foram alusões”. Ele ressaltou a importância de não agravar a situação.


A respeito da decisão do TSE de não enviar observadores, Amorim explicou que isso ocorreu devido a um ataque direto ao órgão, descrevendo-o como uma “crítica específica”.


Fonte: Agenda do Poder com informações de Brasil 247

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