segunda-feira, 15 de julho de 2024

Manual das testemunhas de Jeová alivia punição a pedófilos e abusadores; entenda


As afirmações presentes no manual religioso contrastam com a legislação brasileira – Foto: Reprodução

Um manual dos Testemunhas de Jeová tem sido criticado por aliviar punições a pedófilos dentro da organização. A revista “A Sentinela – Anunciando o Reino de Jeová” serve como guia para os anciãos da congregação e, em uma de suas versões, afirma que são necessárias duas testemunhas para iniciar uma audiência jurídica contra um acusado de abuso sexual de menores. A Promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos explica que essa regra é discriminatória e facilita a continuidade dos crimes.

As vítimas, muitas vezes, não conseguem apresentar testemunhas devido à natureza clandestina do abuso. Mirela Costa, que sofreu abusos dentro da congregação, relata que os agressores não receberam nenhuma punição e que a prática continua. Segundo ela, a falta de proteção e acolhimento leva à revitimização e, em alguns casos, à expulsão da vítima da comunidade. As diretrizes da igreja recomendam que as vítimas recuperem “recordações reprimidas” antes de fazer uma denúncia formal.

A política interna dos Testemunhas de Jeová permite que abusadores arrependidos permaneçam na congregação. Uma edição da revista “A Sentinela” de 2019 afirma que, se o abusador demonstrar arrependimento, ele pode continuar como membro ativo. Essa posição é criticada por permitir que os agressores escapem das penalidades internas, confiando apenas na “justiça divina”.

Fonte: DCM

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