domingo, 7 de julho de 2024

Justiça Federal arquiva pedido de investigação de Arthur Lira contra Felipe Neto

 

Influenciador foi acusado de injúria após chamar presidente da Câmara de "excrementíssimo" durante seminário

Arthur Lira (mais destaque) e Felipe Neto (Foto: Zeca Ribeiro / Câmara I Reprodução)

A Justiça Federal em Brasília determinou o arquivamento do pedido de investigação feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), contra o influenciador digital Felipe Neto. A acusação de injúria surgiu após Neto se referir a Lira como "excrementíssimo" durante um seminário sobre fake news realizado em 23 de abril.

O juiz federal Antônio Claudio Macedo da Silva, da 10ª Vara Federal, atendeu ao pedido do Ministério Público Federal (MPF), que recomendou o arquivamento por não encontrar indícios de crime. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (5).

Durante o seminário, Neto usou o termo "excrementíssimo" em referência a Lira, uma variação pejorativa de "excelentíssimo", título formal para autoridades. Em parecer apresentado em maio, o MPF afirmou que, apesar de depreciativas, tais críticas são "naturais" para figuras públicas como parlamentares.

Em sua decisão, o juiz expressou repúdio às ofensas, mas esclareceu que, para configurar o crime de injúria, é necessário demonstrar a intenção deliberada de ofender a honra, o que não foi comprovado. Ele destacou que, embora a declaração de Neto fosse de "extremo mau gosto", não era suficiente para ser considerada criminosa no contexto em que foi feita, destaca o G1.

"O comentário foi infeliz e revela-se de extremo mau gosto, porém, não há de ser considerado um ato criminoso, consoante o contexto fático no qual estava inserido, sendo previsível que houvesse a manifestação de pensamentos, opiniões e ideias de cunho positivo ou negativo, situação esperada quando se trata de uma figura pública", escreveu o juiz.

O magistrado concluiu que, mesmo com o respeito ao sentimento do deputado Lira, não havia necessidade de prosseguir com a investigação devido à falta de tipicidade criminal na conduta de Neto.

Fonte: Brasil 247 com informações do G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário