Jair Bolsonaro e o juiz e pré-candidato Luiz Rocha – Foto: Reprodução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu um processo administrativo disciplinar contra o juiz bolsonarista Luiz Rocha, devido a indícios de uso da magistratura para interesse político.
Após 30 anos no Judiciário, ele se aposentou no final do ano passado, filiou-se ao PP e agora é pré-candidato à prefeitura de Camaragibe (PE), buscando o apoio da base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Luiz Rocha pediu aposentadoria em 28 de novembro de 2023 e se aposentou três dias depois. Ele negou irregularidades e acredita que será inocentado pelo CNJ. A corregedoria do CNJ, por sua vez, afirma que o problema não é sua entrada na política, mas o uso da toga para autopromoção com interesses políticos.
Nas redes sociais e no programa de rádio que comanda, o pré-candidato se intitula “o juiz do povo”. Em novembro do ano passado, ele apresentou um caminhão-baú com sua foto, como parte do projeto “Justiça para todos”, criado em 2007. Denunciado no CNJ no final do ano passado, suas ações passaram a ser analisadas.
Abertura do processo contra Luiz Rocha
Na sessão pública do último dia 11, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, afirmou que havia “todos os elementos” indiciários e votou a favor da abertura de um processo administrativo disciplinar, o que foi aprovado de forma unânime.
Vale ressaltar que, se punido, Luiz pode ter sua aposentadoria alterada de voluntária para compulsória, o que o tornaria inelegível.
Salomão defendeu a apuração dos fatos, que aconteceram durante a magistratura de Luiz Rocha e continuaram quando ele entrou na política.
O corregedor apresentou imagens postadas por Luiz em suas redes sociais, mostrando que suas ações sociais eram pessoais, não institucionais, o que não está conforme a ética requerida a um magistrado.
Fonte: DCM
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