Ana Christina Ramos Saicalli é investigada por participar de esquema de fraude bilionária e terá de entregar seu passaporte no país
Investigada por participar de um esquema de fraude bilionária, a ex-diretora da Americanas Anna Christina Ramos Saicalli desembarcou no Brasil na manhã nesta segunda-feira. Ela havia deixado o país no dia 15 de junho, quando viajou para Lisboa, em Portugal. A executiva apresentou-se a autoridades portuguesas na noite deste domingo, quando embarcou para o Brasil.
Com uma hora de atraso, o voo dela pousou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 6h30. A executiva foi conduzida para fora da aeronave acompanhada por membros da Polícia Federal (PF). Só depois disso, os demais passageiros puderam desembarcar, segundo pessoas do mesmo voo ouvidas pela reportagem. No país, ela terá que entregar o passaporte à PF.
A ex-diretora, que chegou a ser incluída na lista de foragidos da Interpol, foi um dos principais alvos da Operação Disclosure, deflagrada na última quinta-feira, que mirou os executivos da varejista envolvidos no esquema que encobriu o rombo de R$ 25,7 bilhões no balanço da empresa.
Saicalli está proibida de deixar o país enquanto correrem as investigações, segundo decisão do juiz Marcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O magistrado determinou que ela deveria entregar o passaporte à PF assim que chegasse ao Brasil, que executiva não passaria por audiência de custódia e que não seria presa.
Ex-CEO do banco digital da Americanas, a AME, Saicalli estava afastada das funções executivas da varejista deste fevereiro do ano passado. Ela entrou na companhia há mais de vinte anos e, segundo os investigadores, é uma das principais responsáveis pelo esquema de fraudes. Na varejista, ela foi também diretora-presidente e presidente do Conselho de Administração da B2W, braço de varejo digital do grupo.
Além da executiva, foi alvo da operação da PF e do Ministério Público o ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, que mora na Espanha e tem dupla cidadania. Ele foi preso em Madri, na última sexta-feira, mas liberado no dia seguinte.
Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.
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