sexta-feira, 19 de julho de 2024

Ex-advogada de Flávio rebate falas de Ramagem e diz que ele deveria revelar publicamente de que “crime” suspeitava ao gravar reunião

 Juliana Bierrenbach afirma que não foi ao encontro com objetivo de propor algo ilícito sobre defesa de Flávio, conforme alegou o ex-chefe da Abin

Juliana Bierrenbach, ex-advogada de Flávio Bolsonaro, afirma que não foi até Brasília para a reunião com Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, em agosto de 2020, para apresentar nenhuma proposta ilícita relativa à defesa do senador no caso das “rachadinhas”, informa o colunista Lauro Jardim, do jornal O GLOBO.


A versão refutada por ela foi apresentada por Ramagem à PF, em depoimento prestado ontem. Aos investigadores, o ex-chefe da Abin disse que registrou o encontro em áudio para proteger o então presidente de eventuais ilegalidades sugeridas pela defesa de Flávio. Àquela altura, o “Zero Um” era representado, além de Juliana, por Luciana Pires, também presente na reunião, e por Frederick Wassef, ausente na ocasião.


Diz Juliana, em resposta a Ramagem:


— Eu não tinha nada para fazer naquela reunião a não ser apresentar a minha investigação a respeito da Receita Federal (…) Estou bastante curiosa pra descobrir quais são as propostas ilícitas que o Ramagem esperava ouvir na reunião. Ele deveria dizer publicamente de quem viriam, e quais seriam.


Ao falar publicamente sobre o episódio pela primeira vez, num vídeo publicado na segunda-feira, Ramagem afirmou teria feito a gravação com o aval do Bolsonaro, diante da preocupação de uma pessoa supostamente ligada a Wilson Witzel, desafeto do chefe, apresentar ao grupo uma “proposta nada republicana” para livrar Flávio das investigações. Juliana se defende:


— Jamais tive qualquer contato nem com Wilson Witzel, nem com nenhum dos governadores do Rio.


A preocupação de Ramagem, de fato, não era relativa à Juliana, mas à Luciana Pires. A criminalista fazia a defesa de Flávio no TJ do Rio e vinha rivalizando com Wassef, responsável por representar o senador em Brasília. Teria partido de Wassef o “alerta” que levou Ramagem a ligar o gravador.


Fonte: Agenda do Poder com informações do jornal O Globo

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