“Não dá para um cidadão ter mandato e ser mais importante do que o presidente da República”, diz Lula
Nesta segunda-feira (1º), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a expressar sua insatisfação com a atual política de manutenção do presidente do Banco Central (BC) durante mudanças no comando do Executivo. Em entrevista à Rádio Princesa, da Bahia, Lula questionou a permanência de Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Como pode o presidente da República ganhar as eleições e, depois, não poder indicar o presidente do Banco Central? Ou, se indica, ele tem uma data. Estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto isso”, declarou Lula.
Campos Neto, atual presidente do BC, pode permanecer no cargo até o final de 2024. Entre os possíveis sucessores, Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do BC, é apontado como favorito. Lula elogiou Galípolo, descrevendo-o como “completíssimo” e com “todas as condições” para liderar a instituição.
Durante a entrevista, Lula criticou a relevância de Campos Neto e sua independência em relação ao governo. “O que não dá é para o cidadão ter um mandato e ser mais importante do que o presidente da República. Isso que está equivocado”, disse o presidente.
Lula também ressaltou a necessidade de “muita paciência” até poder indicar um novo candidato para o BC, manifestando seu desejo por um presidente que tenha uma visão mais alinhada com as necessidades do país, em vez de seguir exclusivamente as diretrizes do sistema financeiro.
As críticas de Lula também se estendem à política monetária atual. O presidente tem se mostrado insatisfeito com a manutenção da taxa Selic a 10,5% ao ano, conforme decidido na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Fonte: Agenda do Poder com informações do Metrópoles
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