O empresário bolsonarista Luciano Hang. Foto: reprodução
O empresário bolsonarista Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan, foi condenado por difamação e injúria contra o arquiteto Humberto Tadeu Hickel, a quem chamou de “esquerdopata” e sugeriu que “vá para Cuba”.
A decisão foi proferida na terça-feira (23) pela 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), presidida pelo Desembargador Luciano Andre Losekann e tendo como relator o Desembargador Marcelo Machado Bertoluci.
As declarações de Hang foram publicadas em um vídeo nas redes sociais após Hickel liderar uma campanha contra a instalação de uma estátua da liberdade perto de uma nova filial da Havan em Canela, na serra gaúcha. A estátua é uma peça tradicional nas lojas da rede.
“Depois do vídeo recebi centenas de xingamentos de pessoas que inundaram minhas redes sociais para me ofender, e inclusive ameaças, o que me deixou muito nervoso. Tive que ficar de cama porque faço acompanhamento com cardiologista e afetou minha saúde. Além disso, tive que mudar meus hábitos e deixar de andar com meus netos pelas ruas de Canela, como costumava fazer, o que me entristeceu muito”, reclamou o arquiteto.
O ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang. Foto: Reprodução
Vale destacar que o simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a uma pena de 1 ano e 4 meses em regime aberto, além de 4 meses de detenção, que serão convertidos em penas restritivas de direitos.
As penas incluem prestação de serviços à comunidade, com um compromisso diário de uma hora, e o pagamento de uma multa de 35 salários mínimos, que será destinada ao apelante. Além disso, o empresário recebeu uma penalidade financeira de 20 dias-multa, cada um no valor de 10 salários mínimos.
Hang, no entanto, afirmou que irá recorrer da decisão: “O Brasil é um país extremamente perigoso para um empreendedor. Na busca de gerar empregos e desenvolvimento, pode ser processado criminalmente por pessoas que se utilizam de ideologias ultrapassadas para impedir a construção de empreendimentos. É o que está acontecendo neste caso. Um absurdo”, disse em nota.
Fonte: DCM
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