sexta-feira, 12 de julho de 2024

Escândalo da 'Abin paralela' pode minar candidaturas bolsonaristas nas eleições municipais

 

Entre as principais preocupações, está a divulgação de áudios de uma reunião entre Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem

Jair Bolsonaro. Foto: Divulgação

A operação deflagrada pela Polícia Federal na última quinta-feira (11) sobre o esquema de monitoramento ilegal montado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), a Abin paralela, pode ter efeito negativo para aliados do ex-presidente nas eleições municipais. Segundo informa o jornalista Valdo Cruz, do G1, políticos próximos a Bolsonaro temem, por exemplo, a divulgação do conteúdo do áudio citado pela PF que registra uma conversa entre ele e Alexandre Ramagem, diretor-geral da Abin na época.

Dependendo do conteúdo dos áudios, a força política de Jair Bolsonaro pode ser afetada nas eleições municipais, atrapalhando seu papel como cabo eleitoral em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. "Grampo de inimigo já é complicado, agora, grampo de um amigo é muito pior", analisa um aliado do ex-presidente da República no Congresso Nacional. De acordo com um interlocutor de Bolsonaro, uma eventual conversa vazada do então presidente tentando ajudar, de forma irregular, seu filho, Flávio Bolsonaro (PL), pode ter um efeito explosivo. 

Quem também deve sofrer danos em sua candidatura é o próprio Alexandre Ramagem, pré-candidato à prefeitura do Rio. Ele foi lançado ao cargo por Bolsonaro, mas a cúpula do PL avalia se ainda faz sentido manter o nome do ex-diretor-geral da Abin na disputa eleitoral.

A existência de uma gravação de uma conversa entre Bolsonaro e Ramagem também causa desconfiança em relação ao comportamento do pré-candidato a prefeito. Na reunião, eles teriam discutido uma estratégia para anular um processo contra Flávio e perseguir auditores que atuaram no caso. "Por que Ramagem não destruiu esse áudio? Qual era o objetivo dele? Por que ele fez a gravação?" são algumas das perguntas nas conversas entre bolsonaristas de alto escalão.

Fonte: Brasil 247

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