Presidente brasileiro, no entanto, afirma que a relação entre Brasil e Argentina é mais importante do que a relação pessoal entre os presidentes
Em uma coletiva com correspondentes internacionais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a tensão entre ele e o presidente argentino de extrema-direita Javier Milei, destacando a importância de uma relação respeitosa entre os dois países. Lula enfatizou que Milei deveria pedir desculpas ao Brasil por declarações anteriores, mas ressaltou que as relações entre os países vão além das figuras de seus líderes.
"Eu não escolho quem é o presidente da Argentina, não me preocupo com o discurso do presidente. Ele pode ser quem ele quiser. Eu só quero que ele tenha respeito pelo Brasil, da mesma forma que o Brasil tem respeito pela Argentina", disse Lula. Ele continuou, explicando a relevância estratégica dessa relação: "Se você não cuida da relação com aqueles que são seus vizinhos, que estão ligados por um cordão umbilical, que são nossos quase 16.700 quilômetros de fronteira seca, quem vai cuidar?"
Lula também refletiu sobre a importância das relações diplomáticas para além das interações pessoais entre líderes. "Não é uma relação pessoal, não é uma questão de amizade. Não existe isso entre dois chefes de Estado", afirmou. O presidente expressou tranquilidade quanto ao futuro das relações bilaterais, independentemente das atitudes de Milei agressivas e inconsequentes, pois acredita que os interesses maiores dos povos de ambos os países prevalecerão.
Afirmou ainda que a continuidade de uma relação civilizada e construtiva depende do comportamento do governo argentino em relação ao Brasil. "Estou muito tranquilo porque isso depende do que fazemos daqui para frente. Continuo tratando todos os países de forma soberana, sabendo que cada um tem um papel importante," concluiu Lula, que voltou a dizer que Milei tem que pedir desculpas ao Brasil antes que haja um diálogo entre os dois presidentes. "Eu vejo que eu não tenho nenhum problema. Não tenho nenhum problema. Agora, é o seguinte, eu já falei isso, ele tem que pedir desculpas ao Brasil, senão a relação é complicada. Você pode falar a bobagem que você quiser falar desde que você respeite o direito dos outros. É assim que eu faço política internacional", afirmou.
Fonte: Brasil 247
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