terça-feira, 9 de julho de 2024

Depois de um ano sem se reunir, Conselho de Ética do Senado abre processos contra Flávio Bolsonaro, Randolfe e do Val

 O caso mais antigo envolve Flávio, de fevereiro de 2020, pedindo a investigação de sua suposta ligação com milícias no Rio

Após um ano sem atividade, o Conselho de Ética do Senado retomou suas reuniões nesta terça-feira (9) e decidiu prosseguir com representações contra os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), Marcos do Val (Podemos-ES) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ), enquanto arquivou ações mais antigas contra os mesmos parlamentares.


Marcos do Val enfrenta denúncia de Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros (MDB-AL) por supostamente participar de um suposto plano golpista envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a coação para incriminar o ministro do STF Alexandre de Moraes. Jayme Campos (União-MT), presidente do conselho, aceitou a admissibilidade da representação, e Jorge Seif (PL-SC), aliado de do Val, foi sorteado como relator.


Randolfe Rodrigues é alvo de uma representação de Flávio Bolsonaro, que o acusa de ter abordado o youtuber Wilker Leão de forma autoritária no Senado em 2023. Renan Calheiros foi designado como relator. No entanto, o conselho rejeitou uma denúncia do ex-deputado Daniel Silveira contra Randolfe por se referir a Bolsonaro como “genocida” e “ladrão”.


O caso mais antigo aceito envolve Flávio Bolsonaro e foi apresentado por PT, PSOL e Rede em fevereiro de 2020, pedindo a investigação de sua suposta ligação com milícias no Rio de Janeiro. O senador Hiran (PP-RR) foi escolhido como relator.


A admissibilidade das representações foi aceita, permitindo que tramitem no colegiado. Os relatores agora devem dar andamento aos casos e, ao final, apresentar pareceres solicitando punição ou arquivamento.


Ações arquivadas


Além disso, o conselho arquivou várias representações pendentes contra os senadores mencionados e outros, incluindo Davi Alcolumbre (União-AP). Uma das denúncias contra Alcolumbre, apresentada pelo PTB, criticava a demora em pautar a indicação de André Mendonça ao STF em 2021.

Outras envolvem Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Marcos do Val, que afirmou ter recebido emendas do orçamento secreto como gratidão pelo apoio na eleição de Pacheco.


O colegiado também escolheu Davi Alcolumbre como relator de uma representação de 2020 contra Chico Rodrigues (PSB-RR), acusado de desvio de recursos destinados ao combate à Covid-19 em Roraima e de tentar esconder dinheiro na cueca durante uma operação da Polícia Federal. A Rede e o Cidadania pedem a abertura de investigação por obstrução e ocultação de valores.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo

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