Opositora, que não pode ocupar cargos públicos, fez as declarações ao lado do candidato Edmundo Gonzalez
Uma desafiante Maria Corina Machado convocou seus apoiadores a ocuparem os centros de votação para pressionar as autoridades eleitorais durante o processo de contagem dos votos na noite deste domingo (28). Ela lidera a oposição na Venezuela, e fez as declarações ao lado do candidato Edmundo Gonzalez.
"Lutamos e trabalhamos pelo momento que chegou. Votamos em família, com todas as restrições, civicamente, com muito pouca violência. Esse é o momento mais crítico, e a melhor forma de nos defender é estando nos centros de votação Não estão sozinhos, o mundo está conosco", disse Machado em coletiva transmitida pelo canal NTN24.
Da sua parte, Gonzalez reiterou o chamado: "Queremos agradecer a todos os venezuelanos por esta jornada histórica. Tivemos uma participação massiva, jamais vista na história da Venezuela. Fazemos um chamado às testemunhas [representantes dos partidos que fiscalizaram a votação] para que se mantenham nos centros eleitorais até que recebam a ata correspondente", disse.
O presidente eleito assumirá o cargo em 10 de janeiro de 2025 e cumprirá um mandato de seis anos. Disputam o presidente Nicolás Maduro, em busca de um terceiro mandato, e o diplomata e opositor Edmundo Gonzalez.
As mais de 15,7 mil urnas das eleições presidenciais na Venezuela, onde mais de 21 milhões de pessoas foram convocadas para votar, foram fechadas às 19h (20h em Brasília) neste domingo. A contabilização dos votos muito provavelmente seguirá até a madrugada de segunda-feira (29). A participação foi massiva desde a madrugada, segundo o relato da agência ANSA.
As pesquisas de boca de urna divergem. A agência Hinterlaces informou que até às 12 horas, 61,5% dos eleitores tinham votado e que o presidente Maduro estava à frente de González por quase 12 pontos – sendo 54,6% a 42,8%, respectivamente. No entanto, circula entre opositores e aliados de María Corina Machado e Edmundo Gonzalez pesquisas de boca de urna que dão ao ex-diplomata 60% dos votos contra 30% de Maduro.
No final de junho, oito dos dez candidatos, incluindo Maduro, assinaram um acordo rejeitando a violência e aceitando os resultados das eleições. Maduro acusou os candidatos que não assinaram, Edmundo Gonzalez e Enrique Marquez, de tramar distúrbios após a votação. Corina Machado foi impedida de participar, apesar dos pedidos dos Estados Unidos para sua inclusão.
Fonte: Brasil 247 com agências
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