Marcelo Queiroga recebeu uma censura ética, aplicada em março deste ano mas mantida em sigilo até agora
Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi punido pela Comissão de Ética da Presidência por declarações ofensivas contra defensores da liberação de drogas. Em um discurso proferido em julho de 2022, Queiroga chamou esses ativistas de “vermes” e sugeriu que fossem “mortos”.
A penalidade, que resultou em uma censura ética, foi aplicada em março deste ano, mas mantida em sigilo até agora.
A declaração controversa de Queiroga ocorreu durante um evento no auditório do Ministério da Saúde. Na ocasião, ele mencionou uma fala de Arnaldo Correia, então secretário da pasta, que destacava o uso de drogas como uma das principais causas da hepatite C.
“Nós somos contra o uso de drogas, embora haja pessoas que estão defendendo isso: liberação das drogas. Para esses vermes, nitazoxanida. Talvez mate essa gente”, afirmou Queiroga.
O remédio mencionado, nitazoxanida, é um vermífugo que integrava o ineficaz “kit Covid”.
A censura ética aplicada a Queiroga é a sanção mais severa possível para um ex-ministro. Apesar de sua gravidade, a punição não impede Queiroga de ocupar futuros cargos de confiança no governo federal, mas deixa uma marca negativa em seu currículo.
Marcelo Queiroga foi o quarto ministro da Saúde durante a pandemia de Covid-19, sucedendo o general Eduardo Pazuello, outro negacionista. Antes deles, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich também ocuparam o cargo, mas deixaram a posição devido a divergências com a condução da crise sanitária pelo governo Bolsonaro.
Atualmente, Queiroga é pré-candidato à Prefeitura de João Pessoa (PB) pelo Partido Liberal (PL), o mesmo de Bolsonaro. Seu nome foi oficialmente anunciado em uma cerimônia com a presença do ex-presidente em abril deste ano.
Fonte: Agenda do Poder com informações do Diário do Centro do Mundo
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