terça-feira, 16 de julho de 2024

Coalizão Negra por Direitos lança campanha "Quilombo nos Parlamentos" para Eleições 2024

 

Iniciativa visa ampliar a representatividade negra nos espaços de decisão política no Brasil

Coalizão Negra por Direitos (Foto: Marcos Brandão/Senado Federal)

A Coalizão Negra por Direitos lança nesta terça-feira (16, em Brasília, a campanha "Quilombo nos Parlamentos". O evento marca o início de uma mobilização para as eleições municipais de 2024, apresentando um manifesto que delineia as principais diretrizes da organização para aumentar a participação negra nos espaços de poder político.

A Coalizão Negra por Direitos busca garantir a eleição de candidatos e candidatas negras que estejam empenhados no combate às desigualdades e ao racismo, além de promover a construção de um projeto democrático inclusivo para o país. A campanha visa ampliar a presença de pessoas negras nas câmaras municipais e prefeituras, focando em agendas como justiça racial, reparações, justiça de gênero, justiça climática e justiça econômica.

Durante o lançamento, haverá um debate público para apresentar as reflexões e produções da Coalizão dos últimos anos. Ingrid Farias, integrante da operativa da Coalizão, destaca que “enquanto houver racismo, não haverá democracia. Precisamos estabelecer uma democracia ampla e inclusiva.”

A iniciativa "Quilombo nos Parlamentos" já mostrou resultados significativos nas eleições de 2022, quando apoiou mais de 100 pré-candidaturas de lideranças negras. Dessas, 144 candidaturas receberam um total de 4.093.148 votos, representando 3,46% dos votos válidos, com 29 candidatos eleitos, incluindo 11 na Câmara Federal e 18 nas Assembleias Legislativas Estaduais.

Para Fabiana Pinto, do Movimento "Mulheres Negras Decidem" e do Grupo de Trabalho de Comunicação da Coalizão Negra por Direitos, a campanha de 2024 é essencial para reduzir a sub-representação negra nos espaços de poder. “Convidamos todas as pessoas a fortalecer essa luta por mais representatividade e igualdade. Vamos transformar os parlamentos municipais e prefeituras em verdadeiros quilombos,” afirma.

Fonte: Brasil 247

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