Luis Felipe Salomão exige detalhes sobre escuta na cela de Alberto Youssef durante a Lava Jato
O corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, estabeleceu um prazo de 15 dias para a 13ª Vara Federal de Curitiba explicar o grampo encontrado na cela de Alberto Youssef no início da Operação Lava Jato.
Em maio de 2023, o então titular da 13ª Vara, juiz Eduardo Appio, determinou a instauração de inquérito para investigar o grampo ilegal na cela de Youssef. O grampo foi encontrado pelo doleiro na sua cela em 2014, quando ele ainda se recusava a colaborar com as investigações.
“Determino a correção do polo passivo deste Pedido de Providências, uma vez que, compulsando os autos, verifica-se que os supostos fatos narrados e as condutas alegadas como irregulares na condução do processo que apurava a existência de referida escuta não estão relacionados ao magistrado Eduardo Appio, mas sim – a princípio – a outros magistrados que atuaram na 13ª Vara Federal de Curitiba. Desse modo, Appio foi incluído no polo passivo pois, à época de sua interposição, era o juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba e havia desarquivado referidos autos para retomar a apuração de eventuais crimes cometidos, tendo em vista notícias de supostas fraudes anteriormente cometidas na sindicância realizada pela Polícia Federal e na condução do processo pelo Juízo da 13ª Vara Federal”, escreveu Salomão, conforme citado pela Veja.
Na ocasião, a PF alegou que a escuta era antiga e estava desativada. Agora, Youssef obteve até mesmo os áudios do que foi ouvido ilegalmente pelos investigadores. Com isso, o doleiro vai pedir à Justiça Federal de Curitiba a anulação de seu acordo de delação e de suas condenações. (Com informações do Conjur).
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