quarta-feira, 31 de julho de 2024

Centrais sindicais celebram fala do presidente da Fiesp criticando manutenção de juros altos pelo Banco Central

 Josué Gomes da Silva afirmou que juros elevados criam desvantagem competitiva em relação a outros países do mundo


Centrais sindicais celebraram as declarações do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, a respeito das elevadas taxas de juros no país, que segundo ele, criam desvantagem competitiva em relação a outros países do mundo. Em um encontro com jornalistas nesta terça-feira (30), Josué afirmou que a economia brasileira não cresce e que a taxa de juros reais foi de 6% nos últimos 25 anos, enquanto o mundo, durante 15 desses 25 anos, praticou taxas de juros reais negativas.


As declarações de Josué, conforme informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, ocorreram simultaneamente a uma manifestação das centrais sindicais na Avenida Paulista, onde se protestava pela redução das taxas de juros. Os líderes sindicais foram informados das declarações de Josué durante o ato e celebraram a fala ainda no local.


Ricardo Patah, presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), destacou a importância da convergência entre capital e trabalho em busca de um Brasil mais inclusivo.


“É preciso valorizar quando capital e trabalho têm percepção de um Brasil inclusivo,” afirmou. Patah ressaltou ainda que o comércio e os serviços sofrem muito com os juros elevados, o que diminui o consumo e dificulta o acesso ao crédito para pequenos negócios. “Os juros nos impedem de crescer, de dar oportunidade aos brasileiros. São uma âncora ao crescimento,” completou.


João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, reforçou a percepção sobre as falas de Josué.


“O posicionamento do presidente da Fiesp se soma aos interesses dos trabalhadores que querem juros baixos para ter mais empregos e no consumo, com prestações menores,” declarou Juruna.


A manifestação das centrais sindicais e as declarações de Josué Gomes da Silva ressaltam a insatisfação crescente com as políticas de juros altos no Brasil, que são vistas como um obstáculo significativo ao crescimento econômico e à criação de oportunidades para a população.


Fonte: Agenda do Poder

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