quinta-feira, 25 de julho de 2024

Brasileiro preso por golpe de R$ 48 milhões em Portugal será extraditado e diz que vai pagar vítimas; ‘devo, não nego, pago quando puder’

 Empresário foi detido no Porto sob suspeita de envolvimento em esquema de pirâmide

Acusado de dar um golpe milionário em um esquema de pirâmide com aluguel de carros, o empresário brasileiro Cláudio Reis será extraditado para o Brasil.


O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu na última terça-feira o protocolo do pedido feito pelo advogado do suspeito, Diego Bove, para que ele seja detido e responda pelos crimes no Brasil.


“Não tem o acusado o interesse em recorrer da decisão de extradição, desejando retornar para responder às acusações que lhe foram apontadas”, diz o texto.


O advogado assegurou ao Portugal Giro que Reis tem intenção de ressarcir as vítimas, que teriam tido prejuízo de R$ 48 milhões entre março de 2019 e junho de 2022.


Para que isso possa acontecer, o advogado garante que Reis pretende deixar um imóvel à disposição da Justiça brasileira e parcelar a quantia restante para o ressarcimento.


Em entrevista ao Portugal Giro, Reis disse: ʽDevo, não nego, pago quando puderʼ.


Segundo as investigações, Reis e a filha, que segue detida no Porto, atuavam a partir de Hortolândia, interior de São Paulo, gerenciando a empresa RT&T – Rent a Car Locadora de Veículos.


Eles foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, que informou que eles eram procurados pela “prática dos crimes de associação criminosa e burla (fraude) qualificada”.


A dupla alugava carros e cobrava uma quantia na entrega do veículo, que seria devolvida ao fim do contrato de 15 meses, a não ser que alugassem outro carro, numa negociação conhecida como “cashback”.


Mas os clientes que procuraram a Justiça alegaram que a devolução não teria acontecido. Concessionárias, das quais a RT&T sublocava os carros, também não teriam recebido.


“Através de um esquema em pirâmide, causaram prejuízo avaliado em cerca de € 8 milhões (R$ 48,3 milhões), podendo ser condenados a uma pena de prisão de sete anos”, informou a PJ.


Com informações da seção Portugal Giro, do jornal O Globo

Na petição enviada à Justiça, Bove alega que Reis tem sido ameaçado e requereu medidas especiais de segurança “dentro da unidade prisional para qual for direcionado”.


Fonte: Agenda do Poder

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