Empresário foi detido no Porto sob suspeita de envolvimento em esquema de pirâmide
Acusado de dar um golpe milionário em um esquema de pirâmide com aluguel de carros, o empresário brasileiro Cláudio Reis será extraditado para o Brasil.
O Tribunal de Justiça de São Paulo emitiu na última terça-feira o protocolo do pedido feito pelo advogado do suspeito, Diego Bove, para que ele seja detido e responda pelos crimes no Brasil.
“Não tem o acusado o interesse em recorrer da decisão de extradição, desejando retornar para responder às acusações que lhe foram apontadas”, diz o texto.
O advogado assegurou ao Portugal Giro que Reis tem intenção de ressarcir as vítimas, que teriam tido prejuízo de R$ 48 milhões entre março de 2019 e junho de 2022.
Para que isso possa acontecer, o advogado garante que Reis pretende deixar um imóvel à disposição da Justiça brasileira e parcelar a quantia restante para o ressarcimento.
Em entrevista ao Portugal Giro, Reis disse: ʽDevo, não nego, pago quando puderʼ.
Segundo as investigações, Reis e a filha, que segue detida no Porto, atuavam a partir de Hortolândia, interior de São Paulo, gerenciando a empresa RT&T – Rent a Car Locadora de Veículos.
Eles foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) de Portugal, que informou que eles eram procurados pela “prática dos crimes de associação criminosa e burla (fraude) qualificada”.
A dupla alugava carros e cobrava uma quantia na entrega do veículo, que seria devolvida ao fim do contrato de 15 meses, a não ser que alugassem outro carro, numa negociação conhecida como “cashback”.
Mas os clientes que procuraram a Justiça alegaram que a devolução não teria acontecido. Concessionárias, das quais a RT&T sublocava os carros, também não teriam recebido.
“Através de um esquema em pirâmide, causaram prejuízo avaliado em cerca de € 8 milhões (R$ 48,3 milhões), podendo ser condenados a uma pena de prisão de sete anos”, informou a PJ.
Com informações da seção Portugal Giro, do jornal O Globo
Na petição enviada à Justiça, Bove alega que Reis tem sido ameaçado e requereu medidas especiais de segurança “dentro da unidade prisional para qual for direcionado”.
Fonte: Agenda do Poder
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