sábado, 20 de julho de 2024

Biden se irrita com 'campanha orquestrada' para tirá-lo da disputa pela reeleição

 

Segundo o The New York Times, Biden considera Nancy Pelosi a principal instigadora, mas também está irritado com Obama, visto como manipulador

Joe Biden (Foto: Reuters/Evelyn Hockstein)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enquanto se recupera da Covid-19 em sua casa de praia em Delaware, tem demonstrado crescente ressentimento em relação aos líderes democratas ao ex-presidente Barack Obama, segundo reportagem do The New York Times. Enfrentando um momento difícil em sua campanha pela reeleição, enfrentando resistências à sua candidatura, Biden se sente isolado e traído por aqueles que antes considerava aliados próximos.

Biden acredita que os recentes vazamentos na mídia são parte de uma campanha coordenada para pressioná-lo a desistir da corrida presidencial. Segundo fontes próximas ao presidente, Biden vê a ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, como a principal instigadora dessa movimentação, mas também está irritado com Obama, a quem considera um manipulador nos bastidores.

A tensão entre o presidente em exercício e os líderes de seu próprio partido é algo sem precedentes em Washington há gerações. Isso é especialmente surpreendente, considerando que os democratas que agora trabalham para afastá-lo foram fundamentais para seu sucesso nos últimos doze anos. Foi Obama quem elevou Biden de um candidato presidencial coadjuvante à vice-presidência, preparando-o para a vitória na Casa Branca em 2020. Além disso, Pelosi e o líder democrata no Senado, Chuck Schumer, foram cruciais para a aprovação de suas realizações legislativas mais significativas.

Fontes próximas a Biden descrevem um presidente visivelmente doente, tossindo e se engasgando, a centenas de milhas dos corredores do poder em Washington, enquanto sua presidência enfrenta seu momento mais crítico. Biden tem acompanhado com crescente exasperação uma série de notícias que relatam advertências de Schumer, Pelosi, Obama e do líder democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, sobre uma possível derrota devastadora para o partido nas próximas eleições.

O presidente também notou a ausência de apoio recente tanto de Obama quanto do ex-presidente Bill Clinton. Seus ex-assessores têm liderado publicamente os pedidos para que Biden se retire da corrida, o que tem sido interpretado como mensagens dos próprios ex-presidentes. A presença invisível, mas palpável, de Obama adiciona um toque shakespeariano ao drama político, dado o histórico de parceria de oito anos entre ele e Biden.

Fonte: Brasil 247

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