A corporação também afirma que os registros não indicam se os investigados alegaram ter sido vacinados
A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não conseguiu obter informações das autoridades dos Estados Unidos sobre o possível uso de comprovantes de vacinação falsos contra a Covid-19 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas.
De acordo com os investigadores, o grupo inseriu informações falsas no sistema do Ministério da Saúde para beneficiar Bolsonaro, parentes e auxiliares dele.
Antes de decidir sobre os próximos passos do caso, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou que a PF aprofundasse a investigação e obtivesse mais informações sobre o suposto uso de dados falsos nos EUA. Para isso, a corporação enviou um pedido de Cooperação Jurídica Internacional em Matéria Penal à Autoridade Central dos Estados Unidos, buscando esclarecer a legalidade da entrada, permanência e saída dos investigados no país, principalmente em relação ao uso de certificados de vacinação contra a Covid-19.
Em resposta, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos forneceu registros de entrada e saída do país entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de março de 2023, obtidos pelo U.S. Customs and Border Protection (CBP). Os dados referem-se a Jair Bolsonaro, ao ex-ajudante de ordens Mauro Cesar Barbosa Cid e sua esposa Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e aos assessores Max Guilherme Machado de Moura, Sergio Rocha Cordeiro e Marcelo Costa Câmara.
"Importante ressaltar que o Departamento de Justiça americano relatou que o u.s. Customs and Border Protection (CBP) não possui registros se os investigados supramencionados apresentaram comprovantes de vacinação contra a COVID-19", diz o relatório da PF enviado ao STF.
A PF também afirma que os registros não indicam se os investigados alegaram ter sido vacinados ou se disseram estar isentos de apresentar comprovantes de vacinação.
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