segunda-feira, 8 de julho de 2024

Assessor de Carlos diz que família Bolsonaro “sempre sacava salários em espécie”


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador Carlos Bolsonaro (PL). Foto: Reprodução

 Jorge Fernandes, chefe de gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (PL), afirmou que a família do parlamentar “sempre sacava” os salários de suas contas bancárias integralmente. A declaração foi dada em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A informação é da coluna de Juliana Dal Piva no ICL Notícias.

“Carlos Bolsonaro sempre sacava seus proventos em espécie, porque toda a família assim o faz”, diz trecho de seu depoimento ao MP. A oitiva foi realizada no dia 26 de outubro de 2023, meses depois de um relatório do órgão mostrar que o assessor pagava contas pessoais do vereador.

Segundo a investigação do MP, Fernandes fazia os pagamentos de faturas de cartão de crédito, plano de saúde, impostos e multas de trânsito de Carlos. Ao ser questionado sobre o tema pelo MP, ele se atrapalhou ao responder.

“Nunca pagou qualquer boleto referente a Carlos Bolsonaro; que, melhor dizendo, não se recorda de ter pago boletos em nome de qualquer outra pessoa que não sejam aqueles de sua família, que nunca pagou qualquer boleto de aluguel em nome de Carlos Bolsonaro, que não tem conhecimento do pagamento de boletos do plano de saúde de Carlos Bolsonaro”, diz trecho de sua oitiva.

Carlos Bolsonaro e seu chefe de gabinete, Jorge Fernandes. Foto: Reprodução

O chefe do gabinete de Carlos é investigado como suposto operador do esquema de rachadinha do vereador. Segundo dados obtidos com quebras de sigilo, ele recebeu mais de R$ 2 milhões em sua conta de seis outros auxiliares do parlamentar na Câmara Municipal.

Ao MP, Fernandes alegou que “como chefe de gabinete não tinha responsabilidade de controlar o ponto dos funcionários” e que essa fiscalização seria feita pelo próprio gabinete. Ele ainda informou ao órgão que “seu cunhado trabalhava” com o ex-presidente e ex-deputado federal Jair Bolsonaro.

A suspeita do MP é de que Carlos entregasse os valores para o pai, em um esquema mais amplo que também incluída seu irmão mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

Fonte: DCM

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