Declarado vencedor das eleições presidenciais na Venezuela, Nicolás Maduro defendeu o sistema eleitoral do país em seu primeiro discurso após o anúncio do CNE (Conselho Nacional Eleitoral) e criticou duramente o presidente da Argentina, Javier Milei.
Com 80% das urnas apuradas, Maduro foi declarado vencedor, obtendo 5,150 milhões de votos (51,2%), enquanto seu principal adversário, Edmundo González Urrutia, conseguiu 4,445 milhões de votos (44,2%).
“Nos Estados Unidos não há órgão eleitoral. Quando Donald Trump disse que houve fraude, nós nos metemos? É um assunto interno. Peço como presidente. Respeito à Constituição e à vida soberana da Venezuela. Respeito à vontade popular”, disse Maduro a seus apoiadores no Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano, na madrugada desta segunda-feira (29).
Nicolás Maduro. Foto: reprodução
Sem apresentar detalhes ou provas, Maduro também afirmou que o sistema eleitoral venezuelano foi alvo de um “ataque hacker”.
“Foi um ataque massivo ao sistema de transmissão do CNE, porque os demônios não queriam que se publicasse o resultado hoje. Sabemos de onde veio, quem ordenou. A Procuradoria-Geral da República vai fazer Justiça”, afirmou.
Maduro ainda chamou Milei de “sociopata sádico”, “fascista”, “vendido” e “traidor da pátria”, entre outros insultos, e afirmou que ele “faz sofrer o povo argentino” após o ultradireitista declarar que Maduro foi derrotado nas eleições e que a Argentina “não reconhecerá outra fraude”.
Fonte: DCM
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