segunda-feira, 15 de julho de 2024

Após escândalo da “Abin paralela”, Bolsonaro cogita trocar Ramagem por Pazuello como candidato à Prefeitura do Rio

 Segundo uma fonte próxima ao ex-presidente, a substituição já é conversada nos bastidores da política carioca

Jair Bolsonaro cogita trocar Alexandre Ramagem por Eduardo Pazuello como seu escolhido para disputar a prefeitura do Rio de Janeiro, contou ao Blog do Octavio Guedes, no portal g1, uma pessoa próxima do ex-presidente. A substituição já é conversada nos bastidores da política carioca.


O senador Flávio Bolsonaro e diversos caciques do PL estão atuando de bombeiros. Acreditam que rifar Ramagem vai dar força para as investigações, para Polícia Federal e para o arqui-inimigo do Bolsonarismo no Judiciário, o ministro Alexandre de Moraes. Manter Ramagem ajuda no discurso de que tudo não passa de uma perseguição.


Por enquanto, os bombeiros têm tido sucesso. Mas Bolsonaro é imprevisível. Outro elemento desestabilizador é o vereador Carlos Bolsonaro, que cada hora atira para um lado.


A possibilidade de trocar Ramagem por Pazuello se dá porque o ex-presidente perdeu a confiança pessoal que tinha no aliado, envolvido no caso da Abin paralela. Teria sido Ramagem, enquanto comandante da agência brasileira de inteligência, quem determinou espionagem ilegal de autoridades dos Três Poderes, segundo a PF.


O ex-presidente se decepcionou com Ramagem porque a PF encontrou com ele a gravação de uma reunião, com a presença de Bolsonaro, em que se discutiu ações da Abin paralela para ajudar na investigação contra Flávio Bolsonaro por suspeita de rachadinha.


Com a ação da Polícia Federal (PF) na última semana, Bolsonaro pensa em deixar Ramagem para trás e apoiar o deputado federal e general Eduardo Pazuello, que foi seu ministro da Saúde no auge da pandemia de covid-19. Na última eleição, Ramagem teve 59.170 votos para deputado federal e Pazuello, mais que o triplo: 205.324 votos.


A troca envolveria uma mulher como vice do general, agora congressista. Estão entre as cotadas a também deputada federal Chris Tonietto, a deputada estadual Índia Armelau e as ex-deputadas Alana Passos e Major Fabiana.


Foi Bolsonaro quem propôs a substituição em uma conversa no sábado (13). Há tempo para decidir, já que os partidos têm até o dia 15 de agosto para escolher quem será candidato às prefeituras na eleição de outubro.


No PL do Rio, partido de Ramagem, segue o seguinte dilema: decidem rifar Ramagem, como pensa Bolsonaro, ou vão manter o discurso de perseguição política por parte da Polícia Federal, do Supremo Tribunal Federal, do FBI, da KGB, do papa e de quem mais precisarem apontar o dedo?


Saberemos a decisão nas próximas semanas.


Fonte: Agenda do Poder com informações do Blog do Octávio Guedes, no portal G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário