Tarcísio de Freitas durante entrevista na quinta-feira (6) – Foto: Reprodução
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante evento na quinta-feira (6), promovido pela Galapagos Capital, afirmou que não tem planos de disputar a próxima eleição presidencial em 2026. “Não tenho nenhum plano para 2026. Zero”, afirmou, rebatendo as declarações do pastor Silas Malafaia, que sugeriu que Tarcísio poderia estar tentando manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível para se colocar como candidato do campo conservador.
“Eu não tenho plano nenhum. Parece brincadeira falar isso, né? Outro dia, um pastor aí chegou e me descascou porque eu quero isso, e que não vou ajudar o Bolsonaro e tal. Esse cara não me conhece”, disse.
Tarcísio, na entrevista, ainda comentou sobre o tempo que atuou ao lado da ex-presidente Dilma Rousseff, no DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). O governador elogiou Dilma e afirmou que trabalhou ao lado da ex-chefe de estado “sem alinhamento político”.
“Eu fui diretor do DNIT no governo Dilma, e cheguei lá por acaso porque eu saí do Exército, fiz concurso para a CGU e, no final, houve uma crise no DNIT. Eu era coordenador-geral de auditoria da área de transportes da Controladoria-Geral da União e me fizeram um convite: ‘Olha, você não quer assumir uma diretoria do DNIT?’. Eu pensei, bom, eu sou auditor, toda hora estou apontando o erro dos outros. Na hora que eu tenho a oportunidade de vir aqui, dar a cara a tapa, eu não vou? Eu não posso me omitir. E fui”, afirmou.
“Trabalhei com a presidente Dilma, sem alinhamento político. E ela sempre foi muito respeitosa comigo e eu com ela. Deu muito certo. Não tenho uma queixa dela. Muito pelo contrário, só tenho agradecimento”.
Declarações de Malafaia
As declarações de Malafaia ocorreram durante entrevista ao Globo. Na ocasião, o religioso criticou Tarcísio, afirmando que o governador precisa realizar falas mais duras sobre a inelegibilidade do ex-capitão. O comportamento de Tarcísio, para Silas, mostra uma viabilização do político numa possível candidatura à Presidência em 2026 diante da atual situação de Jair Bolsonaro.
“Lula preso, ninguém do PT falava que ele não ia ser candidato. A inelegibilidade de Bolsonaro é extremamente frágil, não acredito que o STF irá mantê-la. Não tem que se falar nada sobre quem vai substituir Bolsonaro. Ninguém vai. Quando é que você viu uma declaração do governador falando que é absurdo? Eu não vi Tarcísio falar isso”, disse.
Fonte: DCM
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