Varejo registrou em abril aumento de 0,9% das vendas sobre o mês anterior
Reuters - As
vendas varejistas brasileiras cresceram pelo quarto mês seguido em abril e
renovaram o maior patamar da série histórica, mas iniciaram o segundo trimestre
com um desempenho abaixo do esperado.
O varejo registrou em abril aumento de 0,9% nas vendas
sobre o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
Ainda que as vendas tenham crescido em todos os meses deste ano,
o resultado de abril ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta
de 1,3%.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve avanço de
2,2%, contra projeção de 3,35% nessa base de comparação..
"Neste ano, o varejo veio com resultados mais expressivos
e, nos últimos três meses, vem alcançando o último recorde da série com ajuste
sazonal (a cada mês)”, disse Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
O mercado de trabalho aquecido, aumento da renda,
benefícios sociais, inflação controlada e condições melhores de crédito trazem
um cenário mais favorável ao setor de varejo no Brasil neste ano.
Entre as oito atividades pesquisadas, cinco apresentaram ganhos
em abril. As vendas em hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e
fumo, que respondem por 55,2% do índice geral, cresceram 1,5% depois de dois
meses negativos.
Já equipamentos e material para escritório, informática e
comunicação tiveram aumento de 14,2%, recuperando a perda de 10,1% em março por
conta do aumento do dólar. Essas duas atividades foram as principais
influências sobre o resultado geral.
Também tiveram desempenhos positivos o setor de móveis e
eletrodomésticos (+2,4%), combustíveis e lubrificantes (+2,2%) e artigos
farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (+0,6%).
Por outro lado, as atividades de livros, jornais, revistas
e papelaria (-0,4%) e tecidos, vestuário e calçados (-0,7%) registraram
retração no mês.
No comércio varejista ampliado, que
inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças; material de construção
e atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, houve queda de 1,0% das
vendas.
Fonte: Brasil 247 com Reuters
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