Deputada lidera reação feminista em relação ao PL do Estupro
"O autor do PL do Estuprador, Sóstenes Cavalcante, foi ao
Fantástico para contar mentiras e afirmar que não vai recuar nesse ataque
brutal às meninas e mulheres brasileiras", postou a deputada Sâmia Bomfim
(Psol-SP), em suas redes sociais. "Só aumenta nossa responsabilidade. A
fúria do movimento feminista dará uma resposta: criança não é mãe! Vamos
ampliar a mobilização nas ruas e redes sociais pelo arquivamento total e
imediato desse projeto", acrescentou a parlamentar. A reação feministra já
produz resultados. Saiba mais:
Em resposta a uma série de protestos e reações negativas
nas redes sociais, a votação do projeto de lei que equipara o aborto após a 22ª
semana ao crime de homicídio, também conhecido como PL do Estupro, pode ser
adiada na Câmara dos Deputados. A decisão sobre postergar a análise do texto
até o final do ano, após as eleições municipais, foi admitida pelo autor da
proposta, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), membro da bancada evangélica e
autor do projeto, de acordo com reportagem do Globo. Segundo declarações
recentes, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também indicou que não
há previsão imediata para a definição de um relator ou a discussão do mérito da
proposta.
O projeto recebeu aprovação para urgência na tramitação na
semana passada, o que normalmente aceleraria o processo. No entanto, o governo,
inicialmente neutro, agora se posiciona contra a iniciativa, com membros do
executivo e ministros se manifestando publicamente. O líder do governo na
Câmara, José Guimarães (PT-CE), expressou uma mudança no tom do governo,
buscando convencer a bancada evangélica a reconsiderar a proposta devido à
intensa mobilização popular contrária.
O contexto dos protestos reflete uma mobilização em várias
capitais do país, com atos ocorrido em cidades como Vitória, Palmas, São Paulo
e Belo Horizonte. Essa resistência social se reflete na postura de figuras
políticas que buscam evitar crises maiores em temas sensíveis como saúde
pública e direitos das mulheres.
Fonte: Brasil 247
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