A PF concluiu que o ministro cometeu crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitações
O União Brasil declarou nesta quarta-feira (12) seu apoio ao ministro das Comunicações, Juscelino Filho, indiciado pela Polícia Federal por suposta participação em desvios de verbas de emendas parlamentares. A legenda manifestou seu descontentamento com pré-julgamentos, afirmando que “não aceita pré-julgamento ou condenações antecipadas”.
Em nota oficial, o partido ressaltou que investigações semelhantes já resultaram em condenações injustas e que Juscelino Filho não teve seu “amplo direito de defesa” garantido. A Polícia Federal concluiu que o ministro cometeu crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitações. Em contrapartida, Juscelino afirmou que o indiciamento é uma “ação política e previsível” e negou a existência de provas concretas no inquérito.
As suspeitas recaem sobre irregularidades em obras em Vitorino Freire (MA), cidade governada por Luanna Rezende, irmã do ministro, e financiadas por emendas parlamentares indicadas por Juscelino quando era deputado federal.
União Brasil, o terceiro maior partido na Câmara dos Deputados com 58 parlamentares, recebeu do presidente Lula os ministérios da Integração Nacional, do Turismo e das Comunicações. Contudo, a legenda colaborou com derrotas do governo em diversas pautas recentes. Apenas um deputado do partido votou contra a derrubada do veto presidencial sobre as saídas temporárias de presos.
“O indiciamento não deve significar culpa, e o princípio da presunção de inocência e o devido processo legal devem ser rigorosamente respeitados”, afirmou a União Brasil após o indiciamento de Juscelino. A sigla também denunciou vazamentos seletivos e descontextualizados que visariam desestabilizar politicamente o governo.
Antonio de Rueda, presidente nacional do União Brasil, assinou a nota, destacando Juscelino Filho como “um dos grandes quadros políticos do partido e do país” e enaltecendo suas contribuições tanto na articulação com os parlamentares quanto à frente do Ministério das Comunicações.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo
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