domingo, 2 de junho de 2024

Uma a cada três cidades brasileiras com antenas 5G ainda não tem sinal ativo

 Dos 763 municípios com antenas compatíveis, 269 ainda não receberam licenciamento

Até maio deste ano, dos 5.570 municípios brasileiros, 763 possuíam antenas compatíveis, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No entanto, de acordo com dados da Conexis, que representa as principais operadoras, 269 desses municípios ainda não utilizavam efetivamente a rede.


Segundo as operadoras, essa diferença nos números acontece porque em algumas cidades com antenas ainda não há autorização para ativar o sinal.


Para operar o 5G em uma cidade, as empresas precisam de licenciamentos municipal e federal. O licenciamento federal, que é feito após o municipal, é visto como um entrave pela Conexis. Mas, ainda assim, a responsável pelas operadoras diz estar adiantada nas metas para disponibilização.


O cronograma prevê que ela seja completamente implementada nas 26 capitais e no Distrito Federal até julho de 2025. E só a partir dessa data começam a vencer os prazos para a tecnologia chegar a cidades menores.


Até o início de maio, o país tinha 21.713 antenas instaladas, também chamadas de estações rádio-base (ERB). Quando a tecnologia completou 1 ano no Brasil, em julho de 2023, eram 13 mil. Mais da metade (66%) está concentrada nas capitais.


Quanto mais antenas por habitantes, maior a cobertura da rede. Vale lembrar que, além da disponibilização do sinal pelas operadoras, para usar o 5G é necessário ter um celular compatível.


Os primeiros três passos, voltados para as capitais, já foram cumpridos, segundo a agência:


  • capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 100 mil habitantes, cujo prazo era até 27 de novembro de 2022;
  • capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 50 mil habitantes; previsto para 31 de julho de 2023;
  • capitais e Distrito Federal tendo uma ERB a cada 30 mil habitantes, estabelecido para 31 de julho de 2024.

“Se compararmos o cronograma com o que está sendo feito, nós estamos bem adiantados. Porque as obrigações para 2024 nós já cumprimos”, disse Marcos Ferrari, presidente da Conexis à reportagem.

Ainda de acordo com a agenda da Anatel, a próxima meta, que deve ser realizada até 31 de julho de 2025, é que as capitais e o DF, e também as cidades com mais de 500 mil habitantes, tenham uma antena a cada 10 mil habitantes.


Por que existe diferença nos números das cidades com conexão?


A associação das operadoras explica que a disparidade entre o número de cidades com antenas e as que de fato utilizam a conexão se dá, entre outros motivos, por conta dos processos de licenciamentos.


Primeiro, a empresa precisa do licenciamento municipal para instalar a antena física e a infraestrutura necessária. Os municípios devem seguir padrões técnicos previamente definidos, além de se adequar à Lei Geral de Antenas, criada para facilitar a implementação da rede no país.


A partir daí, a Anatel, que cuida das telecomunicações no país, realiza o licenciamento federal. São exigidos documentos sobre as características técnicas da infraestrutura, a concessão do serviço e o pagamento de taxas extras. Depois disso, a Anatel tem até 30 dias para autorizar a ativação do sinal.


Fonte: Agenda do Poder com informações do g1.

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