Tribunal Superior Eleitora não apresentou justificativas específicas para a ausência de participação
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil não enviará
observadores para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, previstas
para o dia 28 de julho deste ano. Segundo o UOL, a
decisão foi divulgada sem que o tribunal apresentasse justificativas
específicas para a ausência de participação.
No site oficial do TSE, é destacado que a presença de
observadores internacionais tem como principal objetivo garantir que os
processos eleitorais ocorram em um ambiente de transparência, imparcialidade e
legalidade, assegurando, assim, a credibilidade dos resultados. Em 2023, por
exemplo, a então vice-presidente do TSE, Cármen Lúcia, integrou a missão de
observação das eleições na Argentina, refletindo o compromisso do tribunal com
a supervisão eleitoral em contextos internacionais.
Recentemente, o governo da Venezuela revogou o convite à União
Europeia (UE) para observar o pleito. A decisão veio após a UE reafirmar
sanções individuais contra altos dirigentes do governo de Nicolás Maduro.
Inicialmente, a presença de observadores europeus fazia parte de um acordo
entre o governo e a oposição para garantir a legitimidade das eleições. Além do
bloco europeu, Caracas havia convidado, em março, o Centro Carter dos Estados
Unidos, o grupo dos BRICS (do qual o Brasil faz parte) e a União Africana para
acompanhar o processo eleitoral.
O presidente Nicolás Maduro buscará um terceiro mandato
nas próximas eleições. Seu principal adversário será Edmundo González Urrutia.
A campanha eleitoral na Venezuela tem enfrentado críticas, especialmente devido
à inabilitação de figuras proeminentes da oposição. María Corina Machado,
considerada favorita em diversas pesquisas, foi vetada pelas autoridades,
impossibilitada de exercer cargos públicos.
Em um contexto anterior, a UE enviou uma
missão de observação para as eleições municipais e regionais de 2021 na
Venezuela. Naquela ocasião, a missão europeia identificou melhorias
consideráveis no sistema de votação, mas também apontou diversas irregularidades.
Fonte: Brasil 247 com informações do UOL
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