Expansão quase dobrará a capacidade atual e incluirá produção de baterias para veículos híbridos flex. Toyota anunciou investimento de 11 bilhões de reais no Brasil até 2030
Reuters - A Toyota deve
ter uma nova fábrica de veículos em seu complexo industrial em Sorocaba (SP)
até 2026 que deverá quase duplicar a capacidade atual da instalação na cidade,
afirmou o presidente da montadora no Brasil, Evandro Maggio, nesta quarta-feira.
"O projeto Sorocaba 2 termina em 2026. Vamos
praticamente espelhar a planta", disse o executivo em entrevista a
jornalistas.
A fábrica da Toyota em Sorocaba tem capacidade atualmente para
produzir 175 mil veículos por ano. Na unidade, a companhia produz modelos como
o utilitário esportivo Corolla Cross, incluindo a versão híbrida flex, e o
hatch Yaris.
A montadora atualmente está em um processo gradual de
transferência de suas atividades produtivas em Indaiatuba (SP), que tem
capacidade anual para cerca de 76 mil veículos por ano, para Sorocaba, a 50
quilômetros de distância da unidade onde atualmente é produzido o sedã Corolla.
A transferência deve terminar em 2026, afirmou Maggio, que desde
março é o primeiro presidente brasileiro da montadora japonesa no Brasil.
Segundo ele, com a construção de Sorocaba 2, a Toyota vai
ter condições de montar baterias para veículos híbridos flex no Brasil nos
próximos anos. A montadora japonesa vai procurar ter versões híbridas flex de
todos os lançamentos de veículos que fizer no Brasil a partir deste ano,
afirmou.
A Toyota anunciou no início de março plano de investimento de 11
bilhões de reais no Brasil até 2030.
Maggio afirmou que dos 11 bilhões de reais do plano de
investimento, cerca de 5 bilhões serão usados na expansão de Sorocaba e
transferência das operações de Indaiatuba para o complexo, além do lançamento
de dois carros, sendo um compacto híbrido em 2025 e um outro veículo que virá
depois que a fábrica ampliada ficar pronta em 2026.
"Uma parte vai para nosso compacto híbrido. Estamos com ele
no 'pipeline' para o ano que vem", afirmou. "Tem outro veículo também
que está em desenvolvimento, exclusivo para a região (da América Latina)",
acrescentou sem dar detalhes.
Questionado sobre publicações da imprensa local acerca de
eventual venda da fábrica em Indaiatuba para montadoras chinesas, Maggio
afirmou que não é foco da companhia no momento, mas reconheceu que a tendência
é a montadora se desfazer da unidade.
Não seria a primeira vez que um grupo asiático ficaria com uma
fábrica de veículos de uma montadora estabelecida no Brasil. A Ford vendeu sua
fábrica em Camaçari (BA) para a BYD e a Mercedes-Benz vendeu uma fábrica no
interior de São Paulo para a também chinesa GWM.
Indaiatuba tem questões desde escassez de espaço
disponível para expansão até de atualização tecnológica, afirmou, citando que a
Toyota vai em "algum momento" ter uma produção simultânea do Corolla
nas duas fábricas durante o processo de transferência das instalações.
Sobre os 6 bilhões de reais restantes do
plano de investimento, Maggio afirmou que a Toyota estuda uma nova gama de
modelos para lançar no Brasil a partir de 2026 que deve colocar a montadora em
novos segmentos no mercado nacional.
Fonte: Brasil 247
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