sexta-feira, 7 de junho de 2024

Senador bolsonarista defende anistia dos envolvidos no 8/1 para “reconciliar o país”

 


Ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília. Foto: Ton Molina/AFP

O senador bolsonarista Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição na Casa, defendeu uma anistia aos envolvidos no ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023 em Brasília como uma forma de “reconciliar o país”. Ele ainda criticou o presidente Lula, dizendo que o petista faz discursos “sempre no sentido de dividir”. 

“Para nós, isso é uma questão que independe de quem vai ser o próximo presidente do Congresso ou da Câmara. É um sentimento de que é necessário reconciliar o país”, afirmou Marinho à Folha de S.Paulo. Ele ainda acredita que “está se aprofundando um fosso nesse país que não interessa a ninguém”.

“Se está maduro ou não o processo de anistia, quem vai dizer é a própria conjuntura, a própria circunstância. Eu estou dizendo a você que eu sempre defendi, e que é uma característica do Brasil, não tem nada de extraordinário”, prosseguiu.

Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição no Senado Federal. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O parlamentar ainda reclama de “vazamentos seletivos” de investigações contra golpistas, mas diz que a depredação, como ocorreu na invasão da Praça dos Três Poderes, “deve ser combatida”.

“Quem depredou tem que ter realmente imposta a pena adequada, não de 17 anos. Isso é linkado como se fosse a consequência de um golpe, me parece inverossímil”, acrescenta.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou mais de 110 pessoas por envolvimento no ataque terrorista. As penas variam de 12 a 17 anos de prisão para os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Fonte: DCM

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