O parlamentar afirmou que o presidente do Banco Central é independente apenas do governo
O senador Renan Calheiros
(MDB-AL) destacou nesta terça-feira (18) a importância de representantes do
Comitê de Política Monetária reduzirem com mais velocidade a Selic, taxa básica
de juros, atualmente em 10,50%. Integrantes do Copom, ligado ao Banco Central,
tiveram reuniões nesta terça e também mais um encontro nesta quinta (19) para
fazer um anúncio sobre o percentual, que pode cair, diminuir e seguir com o
mesmo valor.
"O pressuposto da autonomia do BC é que a autoridade
monetária fosse independente, não apenas do governo, mas independente do
mercado, independente dos partidos e independente de políticos. O atual BC só é
independe do governo, mas subordinado ao mercado e adestrado
politicamente", escreveu o parlamentar na rede social X.
As críticas ao presidente do Banco Central aumentaram nos
últimos dias após a informação de que Roberto Campos Neto sinalizou o desejo de
ser ministro da Fazenda em uma possível gestão comandada por Tarcísio de
Freitas (Republicanos) na Presidência da República se o
governador de São Paulo for candidato e ganhar a eleição em 2016. O chefe do
Executivo paulista foi ministro da Infraestrutura no governo Jair Bolsonaro
(PL), principal nome da extrema-direita brasileiro, apesar de estar inelegível
por espalhar fake news e acusar, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro de
não ter segurança contra fraudes.
O crescimento do Produto Interno Bruto nacional foi 2,9%
em 2023, alcançando a marca de R$ 10,9 trilhões, acima do que era previstos por
analistas do mercado. O o desemprego está abaixo de 8%, conforme o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Mas aliados do governo do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm alertado para o fato de que a
taxa de juros precisa cair com mais velocidade, para aumentar o acesso ao
crédito, aquecer o poder de consumo, e estimular o crescimento da economia.
Em maio, o Comitê de Política Monetária (Copom), ligado ao Banco Central, fez o sétimo corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto de 2023. No começo das reduções, a Selic estava em 13,75% ao ano. Desde então, o comitê vinha reduzindo a Selic no mesmo ritmo: 0,5 ponto percentual a cada encontro. Com a decisão do mês passado, o corte na Selic foi de apenas 0,25 p.p.
Fonte: Brasil 247
Nenhum comentário:
Postar um comentário