Presidente criticou a conferência que ocorre na Suíça, apenas com a participação da Ucrânia, para discutir o fim do conflito
O presidente Lula
(PT) concedeu neste sábado (15) uma entrevista coletiva no encerramento do G7.
Ele voltou a falar sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia e a criticar a
conferência de paz unilateral que ocorre neste fim de semana na Suíça, evento
que não é reconhecido por Moscou.
Lula contou que no encontro que teve com a presidente da
Suíça, Viola Amherd, foi convidado a participar da conferência, mas declinou da
proposta por acreditar que uma conferência pelo fim da guerra precisa
necessariamente contar com todas as partes envolvidas no conflito. "Com a
presidenta da Suíça, ela foi a Genebra conversar comigo, em um gesto de
gentileza dela, porque ela pegou o avião e foi a Genebra. Ela queria nos
convidar para participar da reunião que está havendo neste final de semana para
discutir a questão da paz. E eu disse para ela que o Brasil havia tomado a
decisão de não ir porque o Brasil só participará de reunião para discutir a paz
quando os dois lados em conflito estiverem sentados à mesa. Não é possível que
tenha uma briga entre dois e você achar que se reunindo só com um você resolve
o problema".
Lula afirmou que o Brasil estará à
disposição quando Rússia e Ucrânia decidirem negociar o fim da guerra.
"Como ainda há muita resistência, tanto do Zelensky quanto do Putin de
conversar sobre paz, cada um tem a paz na sua cabeça do jeito que quer, nós
estamos, depois de um documento assinando com a China pelo Celso Amorim e pelo
representante do Xi Jinping, propondo que haja uma negociação efetiva, que a
gente coloque definitivamente a Rússia na mesa, o Zelensky na mesa e vamos ver
se é possível convencê-los de que a paz vai trazer melhor resultado do que a
guerra. A paz ninguém precisa morrer, não precisa destruir nada, não precisa
vitimar soldados inocentes, sobretudo jovens, e pode haver um acordo. Quando os
dois tiverem disposição, nós estamos prontos para discutir".
Fonte: Brasil 247
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