Pesquisa mostra que argumentos em torno da proteção das crianças e do combate ao estupro ressoam fortemente entre os usuários das redes sociais, catalisando um amplo engajamento
Um monitoramento digital divulgado pela Quaest Pesquisa nesta
sexta-feira (14) revela uma clara vantagem para os opositores do Projeto de Lei
1904/24, popularmente conhecido como "PL do Estupro". Segundo os
dados coletados, a mobilização contra o projeto tem dominado as redes sociais,
com 52% das 1,14 milhões de postagens feitas nos últimos três dias expressando
argumentos contrários à medida, enquanto apenas 15% das postagens eram
favoráveis.
De acordo com o diretor do instituto, Felipe Nunes, a mobilização digital alcançou seu pico na quinta-feira (13), quando quase 700 mil postagens foram registradas. O monitoramento realizado até as 13h30 do dia 14 de junho ainda não indicava se essa intensa atividade havia diminuído.
Outro aspecto destacado pela análise é a
frequente menção a termos como "crianças" e "estupro" nas
narrativas contra o projeto. Esses termos têm se mostrado centrais e
particularmente eficazes para mobilizar a opinião pública digital contra a
proposta legislativa. A narrativa construída em torno da proteção das crianças
e do combate ao estupro parece ressoar fortemente entre os usuários das redes
sociais, catalisando um amplo engajamento.
A equipe de inteligência da Quaest Pesquisa analisou mais de 1,14 milhões de posts feitos sobre o assunto no X (antigo Twitter), Facebook e Instagram. O volume de interações – incluindo likes, compartilhamentos e comentários – chegou a impressionantes 5,1 milhões, indicando um alto nível de engajamento e preocupação com o tema por parte dos internautas.
O "PL do Estupro" tem sido alvo
de críticas intensas desde sua aprovação em votação de urgência na Câmara dos
Deputados. O projeto propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de
gestação ao crime de homicídio, inclusive em casos de gestação resultante de
estupro. A proposta gerou uma onda de protestos e debates acalorados, tanto nas
ruas quanto nas redes sociais.
Fonte: Brasil 247
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