Partido aponta que as
políticas de assistência social são "conquistas históricas da classe
trabalhadora e da sociedade brasileira, perante as quais não cabem
retrocessos"
O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou uma nota nesta
segunda-feira (17) se defendendo do que classificou como uma "forte
campanha especulativa e de ataques ao programa [do governo Lula] de
reconstrução do país com desenvolvimento e justiça social".
No texto, a executiva nacional da sigla destaca a
"sequência dos bons resultados de crescimento da economia, controle da
inflação e retomada de empregos e investimentos, que desmentiram as projeções
do mercado e de economistas neoliberais em 2023" e reafirma a
responsabilidade do presidente Lula no trato das contas públicas.
Ao longo dos últimos dias, setores do mercado financeiro e da
mídia corporativa têm defendido um aperto das contas públicas, inclusive com o
fim dos atuais pisos para a Saúde e Educação e cortes na Previdência. O
partido, por sua vez, aponta que as políticas voltadas a estas áreas são
"conquistas históricas da classe trabalhadora e da sociedade brasileira,
perante as quais não cabem retrocessos". Leia a nota na íntegra:
NOTA DA EXECUTIVA
NACIONAL DO PT - EM DEFESA DA SAÚDE, EDUCAÇÃO, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL;
CONTRA A ESPECULAÇÃO E OS PRIVILÉGIOS FISCAIS
Na sequência dos bons resultados de crescimento da economia,
controle da inflação e retomada de empregos e investimentos, que desmentiram as
projeções do mercado e de economistas neoliberais em 2023, o governo do
presidente Lula está enfrentando, neste segundo ano, forte campanha
especulativa e de ataques ao programa de reconstrução do país com
desenvolvimento e justiça social.
A escancarada
sabotagem ao crédito, ao investimento e às contas públicas, movida pela direção
bolsonarista do Banco Central com a manutenção da maior taxa de juros do
planeta, soma-se à feroz resistência de setores privilegiados diante das
necessárias e inadiáveis propostas, encaminhadas ao Congresso Nacional pelo
ministro Fernando Haddad, para a correção de um conjunto de desonerações
tributárias, muitas injustas e injustificáveis.
Valendo-se da mídia associada a seus interesses financeiros,
estes setores e seus “analistas” fabricam uma inexistente crise fiscal, num
país em que a arrecadação vem crescendo junto com o PIB e as despesas públicas
estão atreladas aos limites de uma programação rígida. Um país que está saindo
de um déficit primário de 2,29% para algo próximo de zero no corrente ano.
Os primeiros
beneficiários dessa campanha são os especuladores que operam com as oscilações
artificiais do câmbio, da bolsa e do mercado futuro de juros. Mas o que move
essencialmente os ataques ao governo e à política econômica é a ganância dos
que insistem em lançar sobre os ombros dos trabalhadores, dos aposentados e da
maioria da população a sustentação do estado e das políticas públicas
essenciais. É tirar dos pobres para manter privilégios dos ricos.
Diante deste cenário, o Partido dos Trabalhadores reafirma seu
compromisso com a manutenção dos pisos constitucionais da Saúde e da Educação,
da política de aumento real do salário-mínimo e sua vinculação às
aposentadorias e benefícios da Previdência e Assistência Social. Sāo conquistas
históricas da classe trabalhadora e da sociedade brasileira, perante as quais
não cabem retrocessos.
Também nos
manifestamos contrariamente à proposta de emenda constitucional que pretende
conferir autonomia ainda maior – financeira e administrativa – ao Banco
Central. A nocividade da autonomia já em vigor da autoridade monetária ficou
patente pela conduta irresponsável do presidente e dos diretores nomeados pelo
governo passado, que se valeram de seus mandatos para sabotar a economia do
país, com vistas aos objetivos políticos do bolsonarismo.
A responsabilidade do presidente Lula no trato das contas
públicas é reconhecida por agentes econômicos e produtivos que atuam com
seriedade dentro e fora do Brasil. Como defendemos ao longo da campanha
presidencial, um dos maiores desafios do país continua sendo colocar o povo no
orçamento e fazer os muito ricos pagarem impostos.
COMISSÃO EXECUTIVA
NACIONAL DO PT
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