quarta-feira, 19 de junho de 2024

Produtores do RS se reúnem com governo para discutir cancelamento do leilão de arroz importado

 

Primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas de fraude e da incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda prevista

Brasil vai importar arroz para segurar preço
Brasil vai importar arroz para segurar preço (Foto: Marcello Casal Jr/Ag. Brasil )

 Produtores de arroz do Rio Grande do Sul se reunirão nesta quarta-feira (19) com representantes do governo federal na tentativa de impedir a realização de um novo leilão de arroz importado. Segundo a CNN Brasil, o encontro, previsto para às 15h na sede da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), contará com a presença dos ministros Carlos Favaro (Agricultura) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), além de Edegar Pretto, presidente da Conab. O primeiro leilão foi cancelado no dia 11 de junho, após suspeitas de fraude e da incapacidade das empresas vencedoras de atenderem a demanda prevista.

Representando os produtores estarão membros da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), do Instituto Rio Grandense do Arroz e da Câmara Setorial do Arroz. Eles pretendem apresentar uma série de argumentos contra o leilão, incluindo balanços de oferta e demanda que mostram um estoque final de arroz maior do que o inicial e estudos que indicam que a Conab subestima as importações e superestima as exportações e o consumo.

Os produtores destacam que a produção brasileira de arroz em 2024 atingiu 10,49 milhões de toneladas, um aumento de 4,6% em relação ao ano anterior, mesmo considerando as perdas ocasionadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Esses dados, segundo eles, são baseados em levantamentos da própria Conab.

Aina conforme a reportagem, outro ponto levantado pelos produtores é o aumento de 1,47% no preço do arroz ao consumidor, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), após as enchentes. Eles argumentam que outros produtos, como batata-inglesa, cebola e cenoura, tiveram aumentos de preços ainda mais significativos (20,61%, 7,94% e 6,05%, respectivamente), sem que o governo tenha decidido pela importação desses itens.

Além disso, os ruralistas alertam que o arroz que o governo pretende importar é cultivado com defensivos agrícolas proibidos no Brasil. Um estudo aponta que a produção de arroz na Ásia utiliza 39 produtos vetados no país, o que poderia representar um risco à saúde e ao meio ambiente.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, declarou que o governo está “elaborando o edital do novo leilão" e que a reunião com os produtores ocorre porque "eles querem conversar".

Fonte: Brasil 247 com informações da CNN Brasil

 

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