Coronel José Placídio Matias dos Santos fez insultos ao então ministro da Justiça Flávio Dino e instigou a insubordinação ao presidente Lula
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o coronel da reserva José Placídio Matias dos Santos por crimes relacionados aos eventos do 8 de Janeiro. O processo tramitando em sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF). Durante os atos antidemocráticos que resultaram em danos às sedes dos três poderes no Distrito Federal, o militar, que atuava como assessor no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro, utilizou as redes sociais para proferir ofensas e ameaças e apelar por um golpe de estado.
Em suas postagens nas redes sociais, o coronel Placídio direcionou insultos ao então ministro da Justiça Flávio Dino e instigou a insubordinação ao presidente Lula. Em um dos tweets, ele dirigiu-se ao então comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, pedindo-lhe para não obedecer às ordens do que chamou de “maior ladrão da história da humanidade”, em referência a Lula.
No mesmo dia dos atos, Placídio fez apelos para que as Forças Armadas se envolvessem, chamando Brasília de “agitada” e pedindo que os militares se posicionassem “do lado certo”. No dia seguinte, em outra postagem, ele sugeriu que havia “baderneiros infiltrados” nos protestos, excluindo-os do grupo que ele chamou de “povo ordeiro e patriota”.
Tendo sido membro do Gabinete de Segurança Institucional durante cerca de três anos, Placídio ocupou um cargo de confiança como assessor chefe militar da Assessoria Especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos da Secretaria Executiva do GSI.
Ele também representou o Poder Executivo Federal no Conselho Nacional de Proteção de Dados e da Privacidade (CNPD) entre agosto de 2021 e abril de 2022, além de ter integrado a equipe técnica responsável pela redação do Plano Nacional de Política sobre Drogas de 2022.
Até o momento, Exército e GSI não emitiram declarações sobre o assunto.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.
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