Segundo o Ministério da Saúde 3.325 pessoas morreram no país devido à doença até a última segunda-feira (3)
O Brasil lidera o ranking mundial de casos de dengue em 2024, conforme relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado em 30 de maio. O país registra cerca de 83% dos casos suspeitos globais, somando 6,2 milhões de um total de 7,6 milhões até 30 de abril. Em seguida, vêm Argentina com 420,8 mil casos suspeitos, Paraguai com 257,6 mil e Peru com 199,6 mil.
A OMS implementou um sistema global de vigilância da dengue, emitindo relatórios mensais sobre a incidência da doença. Até o momento, há dados de 103 países, dos quais 28 não relataram casos. A organização destaca que a falta de diagnóstico e registro da doença em muitos países subestima seu impacto global, classificando a dengue como uma “ameaça global à saúde pública”.
“Dada a escala atual dos surtos de dengue, o potencial risco de mais disseminação internacional e a complexidade dos fatores que impactam a transmissão, o risco global da dengue ainda é avaliado como alto e, portanto, a dengue continua sendo uma ameaça global à saúde pública”, afirma o relatório.
A maior prevalência do arbovírus ocorre no continente americano, com epidemias a cada três a cinco anos. Em 2024, seis países registraram a circulação simultânea dos quatro sorotipos de dengue: Brasil, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México e Panamá.
Este ano marca o pico histórico de casos no continente, ultrapassando 2023, que teve 4,6 milhões de casos suspeitos, incluindo 2 milhões confirmados. Até o final de abril, o número de casos suspeitos era três vezes maior do que no mesmo período do ano anterior.
“O Aedes aegypti, mosquito vetor da dengue, está presente em todos os países das Américas, exceto no Canadá, que não havia registrado casos autóctones de dengue anteriormente”, ressalta o relatório.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que 3.325 pessoas morreram devido à doença até a última segunda-feira (3). A incidência (casos por 100 mil habitantes) atinge 2.757, número muito acima do limiar de 300 recomendado pela OMS para situação epidêmica. Apesar disso, o Ministério informa que os casos estão em queda na maior parte dos estados.
Fonte: Agenda do Poder com informações da Folha de S.Paulo
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