Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira
O Brasil tinha, em 2023, um total de 29,9 milhões de trabalhadores por conta própria ou que atuavam como empregadores, mostram os dados completos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados nesta sexta-feira pelo IBGE.
Entre esses conta própria e empregadores 33% estavam em empreendimentos registrados no CNPJ, com queda em relação a 2022 (34,2%), mas ainda assim sendo a segunda maior taxa da série histórica.
De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, a queda em relação a 2022 pode ser explicada pela expansão da formalização de trabalhadores por meio da carteira de trabalho assinada.
— A gente tinha uma trajetória de crescimento da cobertura de CNPJ pelos anos de 2012, 2015 e 2019, que foi interrompida quando esse número começou a diminuir em 2022. Tudo parece indicar que quem puxou esse CNPJ para baixo foram os trabalhadores por conta própria. A gente vem observando o crescimento tanto do empregado com carteira quanto do sem carteira, ao passo em que o conta própria ficou mais estagnado. Essa tendência de retração do CNPJ para os trabalhadores por conta própria foi mais observada nos setores de comércio, construção e serviços — explica.
Em queda desde 2015, o percentual de empregados com carteira assinada no setor privado voltou a crescer em 2023, chegando a 37,4% da população ocupada, contra 36,3% em 2022. O número desses trabalhadores em 2023 (37,7 milhões) foi o maior da série, mas ainda assim, em termos percentuais, menor que a marca registrada em 2014 (39,5%).
Com informações do GLOBO.
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