Reação ocorreu após a cofundadora do banco, Cristina Junqueira, divulgar um evento da produtora de extrema direita Brasil Paralelo
Rede Brasil Atual - Internautas estão promovendo uma
onda de cancelamento contra o Nubank. A reação ocorreu após a cofundadora do
banco, Cristina Junqueira, divulgar um evento da produtora de extrema-direita
Brasil Paralelo. Como resultado, o Nubank ficou entre os assuntos mais
comentados do X (ex-Twitter) nesta terça-feira (16).
Em story publicado na segunda-feira (17) à noite, Cristina
mostra um convite para o evento “We Who Wrestle With God”, com palestra do
psicólogo canadense Jordan Peterson. Ela então agradece à Brasil Paralelo e à
Fronteiras do Pensamento, produtoras do encontro.
Peterson é conhecido por seu discurso conservador, antifeminista
e anti-LGBT. Do mesmo modo, a Brasil Paralelo está atualmente engajada na
campanha pela aprovação do Projeto de Lei 1904/2024, que equipara o aborto após
a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio.
A produtora é conhecida por vídeos revisionistas que dão
vazão às teorias conspiracionistas da extrema direita, voltada ao público
bolsonarista. Recentemente, por exemplo, produziu um “documentário” com a
versão do algoz da farmacêutica e ativista Maria da Penha, que dá nome a
principal lei de enfrentamento à violência doméstica contra a mulher.
A Brasil Paralelo também entrou no foco da CPI da Pandemia, por
divulgar vídeos antivacina e que contestavam a gravidade da covid-19.
O Nubank, por outro lado, tenta vender uma imagem
progressista. O banco promove, por exemplo, campanhas de valorização da
diversidade. Foi justamente essa contradição que incitou a onda de cancelamento
de correntistas e portadores de cartões de crédito.
Ódio e política
A aproximação da cofundadora do Nubank com a Brasil
Paralelo impulsionou outra denúncia grave contra o banco. De acordo com
reportagem do site The Intercept Brasil, o Nubank atuou para acobertar um
escândalo envolvendo um funcionário que criou um fórum de ódio. Em 2016, Konrad
Scorciapino, engenheiro de software do banco, foi exposto por uma publicação
xenofóbica que havia feito nas redes sociais.
Além disso, ele é apontado como um dos fundadores do
55Chan, um fórum conhecido por disseminar crimes de ódio, pornografia infantil
e antissemitismo, conforme revelou reportagem da Agência Pública. Atualmente
Scorciapino é diretor de tecnologia da Brasil Paralelo, reforçando as relações
do banco com a empresa.
Além do fechamento da conta e do
cancelamento dos cartões, os clientes também questionaram o Nubank sobre as
relações com a Brasil Paralelo. Até o momento, a instituição financeira se
limita a informar que “não compactua com opiniões de colaboradores e não haverá
nenhum tipo de alteração referente à nossa posição” e que em breve vai soltar
uma nota sobre o assunto.
Fonte: Brasil 247 com informações da Rede
Brasil Atual
Nenhum comentário:
Postar um comentário