sábado, 1 de junho de 2024

Musk é acusado por investidor de ter informações privilegiadas para vender ações da Tesla antes de queda

 CEO da Tesla tinha informações não públicas de que a empresa não cumpriria as metas do quarto trimestre daquele ano quando vendeu as ações por valor mais alto

O bilionário Elon Musk tinha informações internas sobre a frustração nos números de produção e entrega que a montadora de carros elétricos Tesla estava enfrentando quando vendeu mais de US$ 7,5 bilhões (R$ 39,3 bilhões) em ações da empresa em 2022, alegou na justiça americana um acionista da fabricante de veículos elétricos em uma ação judicial nos Estados Unidos.


Segundo o investidor Michael Perry, o CEO da Tesla possuía informações não públicas de que a empresa não cumpriria as metas do quarto trimestre daquele ano quando vendeu as ações por um valor mais alto do que seria precificado posteriormente pelos investidores, após a revelação dessas informações. A ação foi movida na quinta-feira no Tribunal da Chancelaria de Delaware, nos Estados Unidos.


Perry argumenta que Musk teria usado essas informações para vender parte de sua participação na Tesla com o objetivo de obter recursos para reforçar sua oferta pela aquisição do Twitter (agora rebatizado de X). Assim, Musk teria usado sua posição na montadora como uma vantagem sobre os outros investidores, violando “seus deveres fiduciários” para com a empresa e seus acionistas.


O investidor pede à juíza Kathaleen St. J. McCormick (a mesma que obrigou Musk a honrar sua oferta de aquisição do Twitter) que Musk devolva à Tesla o lucro supostamente impróprio que obteve com a negociação das ações. Perry também acusa os diretores da Tesla de cumplicidade.


Procurado pela Bloomberg, Alex Spiro, advogado de Musk, não retornou o contato para comentar o processo. Na ação, Perry afirma que Musk declarou no início de 2022 que a empresa desfrutava de “excelente demanda” e que esperava vender o máximo de carros naquele ano. No entanto, em novembro de 2022, Musk teria sido informado de que a Tesla não atingiria as metas para o último trimestre do ano.


Antes de os dados se tornarem públicos, Musk vendeu US$ 7,5 bilhões em ações da empresa, segundo Perry. Em 3 de janeiro de 2023, um dia depois de os números finalmente serem anunciados, as ações da Tesla despencaram 12%.


O novo processo contra Musk aparece na mesma semana em que o bilionário de 52 anos concordou em responder a uma terceira rodada de interrogatórios da SEC, órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos Estados Unidos. A investigação da SEC está focada na aquisição do Twitter por Musk e se ele divulgou adequadamente sua participação inicial na plataforma.


Musk também já teve conflitos anteriores com a SEC devido a uma postagem no Twitter sobre a abertura de capital da Tesla. Como consequência, foi multado e obrigado a aceitar um “assistente de Twitter”, um advogado da Tesla designado para monitorar suas comunicações sobre a empresa na rede social.


Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo.  

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