quinta-feira, 20 de junho de 2024

Movimentos sociais dos EUA pedem exclusão de Cuba de lista de países que patrocinam o terrorismo

 

Inclusão de Cuba na lista de terrorismo é considerada uma arbitrariedade

(Foto: REUTERS/Alexandre Meneghini)

Prensa Latina - Organizações não governamentais e solidárias dos Estados Unidos reiteraram seu pedido de exclusão de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, na qual permanece arbitrariamente sob o governo de Joe Biden.

A Fundação Inter-religiosa para a Organização Comunitária IFCO-Pastores pela Paz, a Coalizão Cuba Sí de Nova York/Nova Jersey e o Movimento 12 de Dezembro coincidiram em recentes declarações públicas sobre o dano que tal disposição causa ao povo cubano em meio a um bloqueio intensificado.

Também concordaram que o governo dos Estados Unidos não tem capacidade moral ou legal para incluir Cuba em sua falsa lista, quando a nação caribenha tem sido receptora, durante décadas, de ataques terroristas diretos e indiretos por parte de indivíduos violentos radicados ou treinados neste país.

No último dia 15 de maio, o Departamento de Estado anunciou que Cuba não estava incluída em seu relatório de 2023 de "países que não cooperam plenamente na luta contra o terrorismo", lembrou a IFCO ao apontar que o documento foi obedientemente enviado ao Congresso federal.

Mas esclareceu que a eliminação de Cuba dessa lista “parece inicialmente uma retirada do governo dos Estados Unidos de sua política agressiva de asfixiar Cuba ao longo de seus 64 anos de história de sanções e bloqueio”.

No entanto, não é assim. Cuba sofre “as brutais sanções extraterritoriais dos Estados Unidos” e “ainda permanece na lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo (SSOT, em inglês)”, argumentou.

A Coalizão Cuba Sí NY/NJ destacou, por sua vez, que o fato de os Estados Unidos manterem Cuba na lista SSOT e, ao mesmo tempo, admitirem que “coopera na luta contra o terrorismo” significa que, na realidade, temem o contínuo exemplo e a ressonância da nação cubana na política mundial.

Disseram que continuarão “lutando com o movimento mundial de solidariedade e antibloqueio em relação a Cuba até que o país seja completamente eliminado da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo e termine o brutal bloqueio contra Cuba”.

A designação SSOT e o cerco unilateral dos Estados Unidos de mais de 60 anos continuam “afetando gravemente a economia cubana, custando a Cuba bilhões, enquanto sufocam o povo cubano e impedem que suprimentos médicos, alimentos e tecnologia essenciais entrem no país”, sublinharam.

Para o Movimento 12 de Dezembro, os Estados Unidos devem parar de usar táticas do período da Guerra Fria para tentar promover a denominada mudança de regime em Cuba.

Dias antes de deixar o cargo, em janeiro de 2021, o então presidente Donald Trump voltou a designar Cuba em sua lista de patrocinadores do terrorismo, da qual foi excluída em 2015 durante a administração de Barack Obama.

Trump somou à sua política de máxima pressão uma medida coercitiva que deixou de herança ao seu sucessor democrata, ainda incapaz de levantá-la de um só golpe.

Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina

 

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