Inclusão de Cuba na lista de terrorismo é considerada uma arbitrariedade
Prensa Latina - Organizações
não governamentais e solidárias dos Estados Unidos reiteraram seu pedido de
exclusão de Cuba da lista de países patrocinadores do terrorismo, na qual
permanece arbitrariamente sob o governo de Joe Biden.
A Fundação Inter-religiosa para a Organização Comunitária
IFCO-Pastores pela Paz, a Coalizão Cuba Sí de Nova York/Nova Jersey e o
Movimento 12 de Dezembro coincidiram em recentes declarações públicas sobre o
dano que tal disposição causa ao povo cubano em meio a um bloqueio
intensificado.
Também concordaram que o governo dos Estados Unidos não tem
capacidade moral ou legal para incluir Cuba em sua falsa lista, quando a nação
caribenha tem sido receptora, durante décadas, de ataques terroristas diretos e
indiretos por parte de indivíduos violentos radicados ou treinados neste país.
No último dia 15 de maio, o Departamento de Estado
anunciou que Cuba não estava incluída em seu relatório de 2023 de "países
que não cooperam plenamente na luta contra o terrorismo", lembrou a IFCO
ao apontar que o documento foi obedientemente enviado ao Congresso federal.
Mas esclareceu que a eliminação de Cuba dessa lista “parece
inicialmente uma retirada do governo dos Estados Unidos de sua política
agressiva de asfixiar Cuba ao longo de seus 64 anos de história de sanções e
bloqueio”.
No entanto, não é assim. Cuba sofre “as brutais sanções
extraterritoriais dos Estados Unidos” e “ainda permanece na lista de Estados
Patrocinadores do Terrorismo (SSOT, em inglês)”, argumentou.
A Coalizão Cuba Sí NY/NJ destacou, por sua vez, que o fato de os
Estados Unidos manterem Cuba na lista SSOT e, ao mesmo tempo, admitirem que
“coopera na luta contra o terrorismo” significa que, na realidade, temem o
contínuo exemplo e a ressonância da nação cubana na política mundial.
Disseram que continuarão “lutando com o movimento mundial
de solidariedade e antibloqueio em relação a Cuba até que o país seja
completamente eliminado da lista de Estados Patrocinadores do Terrorismo e
termine o brutal bloqueio contra Cuba”.
A designação SSOT e o cerco unilateral dos Estados Unidos de
mais de 60 anos continuam “afetando gravemente a economia cubana, custando a
Cuba bilhões, enquanto sufocam o povo cubano e impedem que suprimentos médicos,
alimentos e tecnologia essenciais entrem no país”, sublinharam.
Para o Movimento 12 de Dezembro, os Estados Unidos devem
parar de usar táticas do período da Guerra Fria para tentar promover a
denominada mudança de regime em Cuba.
Dias antes de deixar o cargo, em janeiro de 2021, o então
presidente Donald Trump voltou a designar Cuba em sua lista de patrocinadores
do terrorismo, da qual foi excluída em 2015 durante a administração de Barack
Obama.
Trump somou à sua política de máxima pressão uma medida
coercitiva que deixou de herança ao seu sucessor democrata, ainda incapaz de
levantá-la de um só golpe.
Fonte: Brasil 247 com Prensa Latina
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