segunda-feira, 24 de junho de 2024

Moraes autoriza que senadores bolsonaristas visitem ex-diretor da PRF preso na Papuda por blitze nas eleições

 Entre os parlamentares autorizados estão Sergio Moro, Damares Alves, Jorge Seif, Marcos Pontes e Magno Malta


O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a visita de 17 senadores ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, no Centro de Detenção Provisória II, no Complexo da Papuda. Ele está preso por supostamente ter usado a corporação para dificultar o trânsito de eleitores no segundo turno do pleito presidencial, em 2022, visando favorecer Bolsonaro.


De acordo com as investigações da Polícia Federal, na ocasião, teria havido número maior de veículos abordados em blitze nas cidades do Nordeste, onde o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possuía vantagem de votos em relação à Jair Bolsonaro (PL).


Em decisão na última sexta-feira, o ministro deferiu o acesso de até três parlamentares por vez na unidade prisional. Entre os nomes, estão Sergio Moro, Damares Alves, Ciro Nogueira, Jorge Seif, Marcos Pontes e Magno Malta. No mesmo despacho, o ministro negou o ingresso de acompanhantes, como assessores, seguranças, advogados ou familiares.


“(…) embora seja possível o deferimento de requerimentos formulados por parlamentares, é plenamente justificada a aplicação de restrições específicas, consideradas as questões relativas à gestão penitenciária e de segurança, para a preservação da integridade física das autoridades visitantes, dos agentes penitenciários e dos próprios custodiados, conforme já decidido pela juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal”, escreveu Moraes.


O magistrado determinou que as visitas e inspeções parlamentares deverão ser agendadas junto ao gabinete da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, a quem cabe esclarecer as normas e rotinas inerentes ao ambiente carcerário. 


Moraes também proibiu o ingresso no interior das galerias dos presos com telefones celulares e o registro de imagens no interior da unidade prisional, sob pena de responsabilização. 


Fonte: Agenda do Poder com informações do GLOBO.

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