Anúncio foi feito em São Paulo pelo ministro Silvio Almeida
Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania detalhou, na
tarde deste sábado (1º), programas e projetos da Secretaria Nacional dos
Direitos das Pessoas LGBTQIA+, em cumprimento ao Plano Plurianual (PPA)
2024-2027. Ao todo, são três iniciativas com investimento de mais de R$ 8,5
milhões para os anos de 2023 e 2024.
O ministro Silvio Almeida, que estava presente, afirmou
que essa é uma das causas fundamentais do povo brasileiro. "Então se trata
aqui de fazer aquilo que nós temos que fazer, não só como dever moral, mas
também porque nos exige a Constituição brasileira, nos exigem as leis, que é
dar dignidade, respeitar as pessoas e promover a cidadania. Esse é o papel de
quem governa e do Estado", disse.
"A comunidade LGBTQIA+, no Brasil, vem sendo historicamente
esquecida, abandonada, discriminada e, portanto, é dever de todo e qualquer
gestor público fazer aquilo que nós estamos, por dever, fazendo. Quem não faz é
que está errado", acrescentou o ministro.
O evento, que faz parte das ações da semana em alusão ao
Mês do Orgulho LGBTQIA+, ocorreu no prédio da Fundacentro, na capital paulista,
e teve a presença da secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+,
Symmy Larrat, e do presidente da Fundacentro, Pedro Tourinho de Siqueira, além
de representantes do Ministério do Trabalho e de alguns estados.
"São políticas que versam sobre duas questões fundamentais
para todo qualquer brasileiro. São políticas de trabalho, emprego e renda e
políticas de segurança", ressaltou o ministro. "Estamos falando,
portanto, de políticas para pessoas que têm dificuldades em obtenção de
trabalho, de emprego e renda, e quando estão lá, têm dificuldade de permanecer,
porque são vítimas constantes de violência. E estamos falando de pessoas que
estão tendo o tempo todo a sua vida ameaçada" acrescentou.
Entre as ações apresentadas, está o repasse de R$ 1,4
milhão, no final de maio, para 12 casas administradas pela sociedade civil que
integram o Programa Nacional de Fortalecimento das Casas de Acolhimento
LGBTQIA+ (Acolher+), contemplando as atividades alusivas ao Dia Nacional de
Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, em 17 de maio. A iniciativa,
criada em dezembro do ano passado, pretende reduzir os riscos a que as pessoas
em situação de rua estão submetidas. A receita foi de mais de R$ 2,5 milhões.
Há também o projeto-piloto de trabalho digno e geração de renda
voltado a pessoas LGBTQIA+ (Empodera+), incluindo preparação e ocupação no
mercado de trabalho e visando à autonomia econômica e financeira. Para a
execução do projeto, foram assinados na última quinta-feira (31) parcerias com
a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
(Fundacentro) e o Banco do Brasil. Os recursos específicos para o projeto são
de mais de R$ 4,4 milhões. Inicialmente, o Empodera+ será implementado nos
estados do Pará, Maranhão, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Sul.
O ministério apresentou ainda o Programa Nacional de
Enfrentamento à Violência e de Promoção de Direitos Humanos nos territórios do
Campo, das Águas e das Florestas (Bem Viver+), destinado a pessoas LGBTQIA+
camponesas, agricultoras familiares, assentadas, ribeirinhas, caiçaras,
extrativistas, pescadoras, indígenas e quilombolas. O programa, com R$ 1,6
milhão em recursos, pretende promover a formação de defensores de direitos
humanos em territórios não urbanos, buscando identificar as necessidades de cada
grupo. A primeira visita do projeto está prevista à população indígena de Mato
Grosso do Sul. Nos locais visitados, haverá escuta, oficinas e identificação de
estratégias de autoproteção, além de promover a conexão da população LGBTQIA+ à
rede de atendimento local.
Fonte: Brasil 247 com Agência Brasil
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