Na interpretação do mercado, o equilíbrio das contas pública será buscado com aumento de impostos, e não corte de gastos
O dólar registrou alta nesta quarta-feira (12), contrariando a tendência do mercado internacional, após declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação fiscal do país. Durante um evento no Rio de Janeiro, Lula afirmou que “o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos”.
A fala do presidente gerou apreensão no mercado financeiro, que interpretou a afirmação como uma sinalização de que o equilíbrio das contas públicas poderia ser buscado por meio de aumento de impostos, e não por cortes de gastos. Essa interpretação fez com que o dólar, que estava em queda após a divulgação de uma inflação abaixo das expectativas nos Estados Unidos, mudasse de direção e subisse, atingindo R$ 5,42 na máxima do dia.
O índice Bovespa, que registrava alta, também inverteu sua tendência e caiu para a mínima do ano, abaixo de 120 mil pontos.
O mercado financeiro também reagiu negativamente à decisão do Senado de devolver parte da Medida Provisória do PIS/Cofins ao Executivo. A MP limitava o uso de créditos tributários para compensação de pagamentos de impostos, uma medida que o governo esperava que aumentasse a arrecadação. No entanto, a repercussão negativa da medida entre empresários levou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a devolvê-la, o que foi interpretado como uma derrota para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
— Estamos arrumando a casa e colocando as contas públicas em ordem para segurar o equilíbrio fiscal. O aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a redução do déficit sem comprometer os investimentos — declarou Lula na abertura do FII Priority Summit, evento organizado pelo Future Investment Initiative Institute.
Fonte: Agenda do Poder com informações de O Globo
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